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Enviada em: 18/04/2018

A luta das mulheres na primeira e segunda onda do feminismo no século XX transformou o mundo. Foi nesse período que muitas delas passaram a exigir seus direitos e começaram a denunciar os casos de violência da época. No entanto, mesmo após tantas conquistas, casos de assédio sexual e diferentes tipos de agressão ainda são vivenciados diariamente e demonstram que os desafios para reduzi-los ainda persistem.     Um dos maiores problemas enfrentados é a falta de denúncias por parte das vítimas. O medo, a vergonha ou até mesmo o sentimento de culpa são alguns dos motivos que as levam a omitirem os casos. Mulheres que já foram assediadas em seu ambiente de trabalho, por exemplo, não denunciam devido ao medo de perderem seu cargo. Diante disso, é notória a necessidade de uma maior divulgação do quão importante é denunciar e de meios que amparem e aconselhem as vítimas, diminuindo sua insegurança para delatar os casos e, consequentemente, reduzindo o número de assediadores na sociedade.     A normalização e neutralização do assédio sexual e verbal é outra problemática grave na redução dos casos. Propagandas de cerveja que colocam a mulher como um objeto de prazer ou a romantização do estupro em novelas, por exemplo, fazem com que esse crime seja banalizado pela sociedade. Dessa forma, sendo visto como "normal", o assédio, principalmente nas ruas, tende a aumentar e abre espaço para que novos assediadores surjam. Urge, assim, a necessidade de coibir esse tipo de colocação da mulher em meios midiáticos, para impedir que crianças e adolescentes também vejam a violência sexual como algo banal.     Portanto, para reduzir os casos de assédio, o Ministério da Justiça, em parceria com empresas midiáticas, deve: criar propagandas que visem dar segurança para as mulheres denunciarem sem medo; fazer palestras com profissionais especializados na área que, por meio de teatros, mostrem como a denúncia é importante para a redução dos casos de assédio.