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Enviada em: 17/04/2018

Os primeiros habitantes de terras brasileiras obtinham os recursos da natureza para sua subsistência de forma harmoniosa. A chegada dos portugueses representa um marco na história de abuso da terra, que vai desde a exploração do pau-brasil e das plantations canavieiras, até o atual latifúndio: O agronegócio. O agronegócio se constitui de toda a cadeia produtiva da pecuária e agricultura e consta com modernas técnicas e recursos, como fertilizantes e agrotóxicos que aumentam a produção mas poluem águas e solos, o desmatamento que aumenta áreas cultiváveis mas propicia a erosão, além de inúmeros fatores que, positivos para essa cadeia produtiva e negativos para a natureza e sociedade, constituem polêmicas acerca da expansão do agronegócio no Brasil.     É fato que o agronegócio representa grande parte do PIB brasileiro e, por envolver diversos setores, gera milhões de empregos. Por outro lado, a grande renda gerada está concentrada nas mãos de poucos, caracterizando o carácter oligárquico, que segue desde a doação de sesmarias a nobres portugueses no período colonial, as quais muitas das terras ainda pertencem às mesmas famílias. Isso leva ao grande problema da concentração fundiária, contestada pelo Movimento Sem Terra, que visa uma distribuição fundiária mais igualitária. Esse problema reflete nas dificuldades da agricultura familiar e do agricultor de pequeno porte que, diante das concessões fiscais aos grandes grupos produtores, não têm chance de competir no mercado e ascender socialmente.   Além do problema social há um grave problema ecológico. O abuso de agrotóxicos e fertilizantes, visando o aumento da produtividade, contaminam lençóis freáticos e provocam a eutrofização de lagos e rios, caracterizada pelo acúmulo de substâncias inorgânicas, que propiciam a multiplicação de algas e o acúmulo de matéria orgânica que, decomposta, provoca a diminuição do oxigênio da água e morte de peixes. Ademais, dado o caráter exportador do agronegócio ainda há uma predominância da monocultura, que valoriza commodities como a soja, predominante no centro-oeste e cada vez mais associada à destruição do cerrado, importante bioma brasileiro, para seu plantio.   Dado os problemas sociais e ecológicos que o agronegócio produz, mas considerando sua importância para a economia brasileira, é necessário que o Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento,imponha a diminuição de agroquímicos pelos grandes agricultores e limite o aumento de áreas agricultáveis para produções voltadas ao mercado externo, como a soja. Além disso, o Governo Federal deve diminuir as grandes concessões fiscais e criar um projeto em colaboração com os Governos Estaduais para a estimulação de pequenos agricultores e produtores, que contribuem para a sociedade devido à policultura e à circulação de capital em suas localidades,