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Enviada em: 17/04/2018

Com o início da colonização do Brasil a partir do século XVI, desenvolveu-se no território uma economia baseada, principalmente, na agricultura, em razão de possuir condições climáticas favoráveis a esse processo. Esses aspectos permitiram que os mecanismos de utilização da terra para o plantio continuem a ser uma relevante parcela na produção de riqueza na contemporaneidade brasileira. No entanto, a atual expansão desse processo está intrinsecamente relacionado com questões que impactam negativamente não só o meio ambiente, mas também a sociedade.      O crescimento da produção de renda relacionado a utilização da terra para o plantio fez com que surgisse o agronegócio, que é a participação de diversas empresas na produção agrícola. Dessa forma, pelo aumento do capital envolvido, a agricultura se desenvolveu e está em constante expansão no território brasileiro. Esses fatores fazem com que, diversas vezes, esse processo seja prejudicial ao meio ambiente, visto que a necessidade de se obter maiores áreas para a utilização ocasionam muitos desmatamentos e acarretam, consequentemente, diversos impactos relacionados não somente à alterações climáticas, mas também à perda da biodiversidade da região. É indubitável, portanto, a necessidade de se debater o tema na esfera política nacional para amenizar os problemas.     Outrossim, a expansão do agronegócio ocasiona impactos sociais que podem prejudicar relevantemente as pessoas de uma região. De acordo com o artigo XXV da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo indivíduo tem o direito de assegurar a si e aos familiares um padrão de vida que contemple moradia, alimentação, bem como condições sociais indispensáveis. Assim, é possível notar que a necessidade de se obter mais terras para a utilização no plantio pode ser prejudicial, pois infringe direitos, por exemplo, dos indígenas, visto que os latifundiários, por possuírem mais recursos, invadem terras desses povos e acabam conseguindo mantê-las com o decorrer do tempo.     Medidas são necessários, portanto, para resolver o impasse e minimizar os danos causados pela expansão do agronegócio no território brasileiro. É imprescindível que o Governo elabore leis que possam não somente, de maneira mais criteriosa, impedir a ocupação de espaços destinados à reserva ambiental, mas também aumentar a frota de fiscalização desses locais para que seja possível, assim, reduzir os impactos negativos causados ao meio ambiente. O Estado deve, também, juntamente ás instituições de ensino, realizar palestras em espaços públicos que possam conscientizar a população, por meio de exemplificações, acerca da importância de se desenvolver uma agricultura sustentável para, assim, não esgotar os recursos naturais e prejudicar a vida das futuras gerações.