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Enviada em: 29/04/2018

O filósofo Aristóteles, primitivo da filosofia ocidental, em sua obra Ética a Nicomaco explora a integração do ser humano com a natureza e o peso de ações responsáveis para a preservação do meio ambiente. Entretanto, apesar da grande influência desse nome na cultura ocidental, pode-se perceber que, no limiar hodierno, muitas são as questões que inviabilizam o agronegócio, dentre as quais destaca-se o descaso da bancada ruralista, bem como os impactos sociais das práticas inadequadas.            Primeiramente, vale ressaltar a inegável importância do agronegócio para a economia do Brasil. No entanto, a bancada ruralista, que atua na defesa dos interesses dos proprietários rurais, exprime um contundente descaso quanto aos impactos ambientais ao estimular a flexibilização de leis de proteção ao meio ambiente. Para exemplificar, no primeiro trimestre de 2018 um projeto de lei discutido no Senado propôs o plantio de cana de açúcar nas áreas degradadas da Amazônia. Contudo, a problemática consiste na proibição de tal ação desde 2009 devido ao forte impacto na biodiversidade e aos danos na estrutura do bioma, fatos ignorados pela frente parlamentar rural.             Por conseguinte, a degradação ambiental mediante práticas inadequadas não tange apenas aos interesses políticos e econômicos, mas também impacta a qualidade de vida social. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo Tal índice é preocupante pois apesar dessa substância conter benefícios na produção agrícola, seu uso exacerbado pode intoxicar o indivíduo que ingere produtos carregados. Outra prática inapropriada consiste na queimada, que atua na liberação de gases do efeito estufa e na desestabilização do clima, ascendendo os casos de problemas respiratórios e alérgicos.             Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para solucionar a problemática em questão. Assim, a mídia, em parceria com a própria população, deve estimular a consciência ambiental, pautada nos impactos a curto, médio e longo prazo das ações realizadas. Além disso, deve-se mobilizar, mediante movimentos sociais pacíficos e respeitosos, a bancada ruralista e os demais políticos para que o Agronegócio Sustentável seja implementado. Ambas as propostas objetivam garantir o bem-estar social e o equilíbrio entre produção e conservação. Dessa forma, a influência aristotélica tanger-se-á numa relação harmônica com os recursos naturais.