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Enviada em: 06/10/2018

Entre a Saúde e a Eficácia        No século XVI a política das capitanias hereditárias - extensas faixas de terras arrendadas pelo rei - serviu para a proteção do Brasil contra invasões estrangeiras. Modernamente o país já não é governa por um rei, porém continua segmentado em enormes latifúndio, nos quais grande parte deles são utilizados no agronegócio e em sua contínua expansão. Esse avança vai de encontro com as diversas contradições que são os modos de produção agrícola no meio natural como solos e rios além do impacto na saúde.       Nesse sentido, desde a década de 1970, com o incentivo do Regime Civil-Militar, essa prática tornou-se o principal motor econômico do país. Desse modo, as grandes propriedades monoculturas, as chamadas "plantations", arrecadaram 300 bilhões de reais por meio das exportações nos últimos 10 anos, segundo o IBGE, o que comprova sua importância da balança comercial brasileira. Todavia, é imperioso destacar que devido à força comercial do agronegócio um efeito maléfico é percebido, o impacto na Agricultura familiar,  na qual termina sufocada pelos baixos preços no mercado interno provocados pela produção em massa e isso faz com que esses pequenos produtores percam clientes e deixem de produzir.       Aliado a isso, o volume dos venenos utilizados cresceu paralelamente à produção. Devido a isso, as commodities exportadas pelo Brasil causam resistência ao entrar nos países de destino, pois cada vez mais se faz ligação entre câncer e o consumo de alimentos tratados com herbicidas pelos órgãos de fiscalização sanitária, segundo o "Greenpeace". Assim, mesmo que o sucesso alimentício da população mundial tenha se consolidado e não falte alimento ao globo, em contraposição a Thomas Malthus, é necessário olhar com clareza para esse desagradável aspecto.       Em suma, é imprescindível quebrar os antagonismos entre lucro e saúde. Para isso, cabe ao Estado ampliar as pesquisas de desenvolvimento de defensivos agrícolas ecológicos por meio da EMBRAPA a fim de que se diminua o risco à saúde da sociedade de modo que os devidos testes passem por uma dura fiscalização e sejam comprovadamente eficazes. Ademais, é de suma importância que o Governo Federal conceda créditos aos pequenos agricultores, por meio do BNDES para investimento na produção com intuito de torná-los mais competitivos e não sufocados pelo grandes latifundiários. Dessa forma, ao se conciliar os interesses produtivos e sociais do país, a mudança em direção a uma sociedade mais igualitária e saudável poderá ser iniciada.