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Enviada em: 26/04/2018

Necessidade de uma transformação socioambiental       Com o aumento desenfreado do agronegócio no país, surgem problemáticas de cunho ambiental e social. Nessa perspectiva, no hodierno, a destruição de biomas, como a mata atlântica e o cerrado, os quais têm mais de 70% do seu território degradado, e a má distribuição de terras no país, tornam o cenário desafiador. Dessa forma, seja pelo desmatamento de áreas importantes para o meio ambiente, seja pela extrema concentração de renda, faz-se necessária uma transformação socioambiental.       Mormente, apesar de ser um dos principais pilares da economia brasileira, o agronegócio não se torna um ramo isento de seguir limites de preservação, como: uso abusivo de agrotóxicos, utilização ilegal de água para irrigação de lavouras, violação do perímetro mínimo de mata ciliar, entre outros fatores imorais que causam danos a curto e a longo prazo. Paralelo a isso, fixou-se o conceito de que o desmatamento é preciso para aumentar a área plantada, entretanto tal ação culmina em uma perda exorbitante à fauna e à flora do local desmatado, pois as árvores, principalmente da Amazônia, ambiente alvo na atualidade, abrigam muitas vidas, sejam elas animais ou vegetais.       Ademais, outra polêmica dinamizada com a expansão do chamado "agribusiness" é o frequente aumento dos latifúndios, o que obriga proprietários de pequenas áreas de terra a prestarem serviços aos grandes empresários agrícolas, ou venderem suas propriedades a estes. Sob tal ótica, tal fator faz com que a concentração de renda do país tenha elevação constante, pois quem é rico fica mais rico e quem é pobre fica mais pobre. Outrora, está no artigo 3º da Constituição Federal, que é de caráter governamental erradicar a pobreza e as desigualdades sociais no país. Assim, é de suma importância que o governo assegure e cumpra com que está escrito na Carta Magna do Brasil, pois como proferido por Aristóteles, filósofo grego, é  preciso tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais.       Por conseguinte, existem leis contra crimes ambientais, outrossim, para que o governo possa executá-las contra grandes empresários agrícolas, compreende-se que, primeiramente este deve cumprir com seus deveres legais, assegurados pela Constituição. Infere-se, portanto, que a mudança deve vir de todo o mecanismo e após isso acontecer é preciso fazer com que as leis sirvam de métodos coercitivos eficientes, barrando novos avanços em áreas nativas, e diminuindo severamente o desmatamento. Além disso, faz-se necessário o estímulo a pequenos proprietários como, por exemplo, incentivar a construção de estufas e possibilitar financiamentos agrícolas acessíveis a estes, para que um dia, talvez, seja possível viver em um Brasil livre de polêmicas sobre o agronegócio e contextos socioambientais.