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Enviada em: 27/04/2018

Durante o período colonial brasileiro, agricultura e pecuária sempre estiveram entre as atividades econômicas de maior destaque. Hoje, apesar de todo o progresso vivido pelo país, ainda é possível ver um grande vínculo da economia à terra. Nesse cenário, o agronegócio -que consiste no conjunto de operações da cadeia produtiva, do trabalho agropecuário até a comercialização- e a sua expansão, no Brasil, despertam discordâncias entre pesquisadores, economistas, e entre a própria população, logo, faz-se necessário analisar as polêmicas existentes acerca do assunto.       Primeiramente, é necessário considerar que o agronegócio é prejudicial ao meio ambiente. Isso porque, impactos como: desmatamento, contaminação de rios e lençóis freáticos pelo uso exacerbado de agrotóxicos e eutrofização de corpos d'água pelo uso de fertilizantes, são gerados diariamente no contexto da agropecuária. O plantio de soja, por exemplo, é apontado como grande devastador dos biomas Cerrado e Amazônia. Prova disso, são os dados do ministro do Meio Ambiente, que mostram que tal leguminosa ocupa ilegalmente cerca de 47 mil hectares de floresta desmatada na Amazônia.        Por outro lado, é fundamental perceber a importância do agronegócio para o país. Nesse sentido, além de gerar milhões de empregos, o agronegócio brasileiro ocupa papel significativo no suprimento de alimentos para o mundo todo, ao exportar, sobretudo, commodities como soja e carne para dezenas de países. Por conseguinte, tal negócio torna-se extremamente lucrativo para o país, compondo cerca de 22% do PIB no ano de 2017, de acordo com dados da CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).        Torna-se evidente, portanto, que apesar de trazer malefícios, o agronegócio é parte relevante da economia do país, logo, é necessário conciliar os dois pensamentos sobre o assunto para criar uma forma de uso inteligente e mitigar os problemas causados. Uma boa resolução para tal é a utilização do agronegócio sustentável, que baseia-se na adoção de boas práticas socioambientais na agricultura, na pecuária e demais atividades rurais para garantir o bem-estar de toda a sociedade e o equilíbrio entre produção e conservação. Nesse sentido, é dever do governo criar leis que imponham a aplicação sustentável do agronegócio, assim sendo, deve instituir limites máximos para uso de agrotóxicos e fertilizantes e criar multas altas para quem não seguir as regras de bom uso da terra, além de aumentar a vigilância para garantir que a lei seja cumprida e as taxas sejam cobradas. Tudo isso com o fito de que o agronegócio possa afetar menos a natureza e progredir juntamente com o Brasil.