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Enviada em: 28/04/2018

Capitães donatários, senhores de engenho e coronéis oligarcas; o agronegócio quase sempre foi uma atividade comandada pelas principais figuras nacionais. Atualmente, o Brasil figura entre um dos maiores países agroexportadores, cenário esse que gera lucros e malefícios ao país, consequência de uma série de polêmicas envolvendo esse setor. Assim, a pecuária e a agricultura criam problemas relacionados a dinâmica das populações e aos inúmeros desgastes causados na natureza.  A princípio, é importante ressaltar como séculos de concentração fundiária prejudicam as populações mais pobres e os indígenas. Seguindo a lógica capitalistas da busca por lucro, aqueles que dominam o mercado tendem a buscar maiores áreas para cultivo. Desse modo, as populações nativas são prejudicadas devido a sua pouca representatividade política e ao poder econômico e militar dos atuais  ``Coronéis oligarcas´´. Logo, inúmeros indígenas e populações extrativistas perdem suas vidas, suas terras e meios de sobrevivência gerando conflitos por território violentos. Prova disso é a região do Bico do Papagaio, próximo ao Maranhão, que apresenta uma das maiores taxas de morte por conflito rural do mundo entre população extrativista e agronegócio na busca por sobrevivência e lucro.   Nesse contexto, surgem os danos causados a biodiversidade nacional pela produção agrícola. O sociólogo Pierre de Bourdieu defendia a teoria do habitus, que define que a sociedade incorporou em sua estrutura hábitos da sua realidade. Dessa forma, a degradação natural existente desde a extração das florestas nativas no período colonial foi aceita pela maior parte da população. Entretanto, os desgastes criados pelo agronegócio; como poluição de lençóis freáticos e solo, degradação da fauna e flora e poluição atmosférica; prejudicou as dinâmicas climáticas do mundo, prejudicando a vida das populações e a própria agropecuária.  Portanto, é necessário criar medidas sustentáveis que aliem desenvolvimento e bem estar social. É fundamental que o Ministério da agricultura inicie um projeto de redistribuição de terra baseado no remanejamento de terras improdutivas com indenizações e beneficiamento dos menos favorecidos, seguido de financiamento agrícola que garanta a sobrevivência dos mais pobres a fim de diminuir conflitos e a disparidade de renda, como já foi realizado em países como Estados Unidos. Também é fundamental a criação de largas áreas de preservação nos biomas nacionais, proibindo ações antrópicas no local, pela ação do Ministério do meio ambiente, que garanta a preservação da fauna e flora nacionais frente ao simples lucro. Assim, é possível construir um Brasil mais justo e ecológico.