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Enviada em: 05/05/2018

Desde o período colonial, no qual os colonizadores exploravam principalmente o solo nordestino com plantações de cana-de-açúcar e diversos lugares, como o interior do Nordeste e o Sul brasileiro, com a pecuária, o país tem investido cada vez mais nesses setores, mantendo algumas semelhanças com o sistema de plantation, como a monocultura, os latifúndios e a produção extrovertida. Hodiernamente, muitas polêmicas são geradas acerca da expansão do agronegócio no Brasil. Do ponto de vista econômico, o agronegócio é de suma importância para o desenvolvimento do país. No entanto, do ponto de vista ecológico, ainda é preciso aprimorar e adequar esse setor ao sistema sustentável, de forma a preservar a biodiversidade brasileira.    É indubitável, de fato, que o agronegócio é responsável por uma grande movimentação econômica no país devido à sua expressiva participação no PIB e à geração de muitos empregos. As condições favoráveis para a agricultura e pecuária, como a disponibilidade de terras agricultáveis, abundância de água, clima e solos favoráveis, contribuem para que o Brasil ganhe cada vez mais notoriedade no mercado internacional. Com o desenvolvimento tecnológico, os equipamentos e as técnicas são cada vez mais aprimorados e a produção se torna cada vez maior. Ademais, vários outros setores são beneficiados, como bancos que fornecem créditos, indústria de insumos agrícolas, indústria de tratores e peças, lojas veterinárias e laboratórios que fornecem vacinas e rações.   Todavia, muitos aspectos negativos podem ser destacados em relação a esse setor, principalmente devido à sua prática insustentável em relação aos recursos naturais. O alto investimento e aprimoramento em tecnologias e indústrias, o intenso uso de fertilizantes e, principalmente, a destruição de grande parte da vegetação, ameaçam constantemente a biodiversidade brasileira, destruindo habitats naturais e ameaçando a sobrevivência de diversas espécies animais, além de formar latifúndios e, consequentemente, gerar desigualdade. Conclui-se, portanto, que o avanço do agronegócio é diretamente proporcional à degradação ambiental e à desigualdade em nosso país.    Diante do exposto, cabe ao Governo investir em pesquisas que criem alternativas ao uso intensivo de agrotóxicos, de forma a preservar a qualidade dos alimentos e a saúde dos trabalhadores que os manuseiam. Enquanto isso, os grandes latifundiários devem oferecer equipamentos de proteção aos seus funcionários. Cabe também ao Governo criar leis de proteção à biodiversidade brasileira, impedindo sua destruição e, consequentemente que mais terras se concentrem nas mãos de poucos, evitando que a desigualdade cresça ainda mais. Essas medidas já serão um grande passo para que o país cresça economicamente de maneira sustentável.