Materiais:
Enviada em: 11/05/2018

A atividade agrícola destaca-se no Brasil desde quando se consolidou como a primeira grande atividade econômica do país com o ciclo do açúcar, ocorrido entre meados do século XVI e XVIII. Com importante participação no PIB brasileiro, o agronegócio tornou-se imprescindível para a economia do país, de modo a crescer em grande escala, acarretando sérios danos ao meio ambiente.    A priori, é válido pontuar que o agronegócio é um modelo produtivo que destrói gradativamente a natureza. A exemplo, grandes áreas florestais que são desmatadas para para realizar o cultivo de plantas que não são nativas da região. Com isso, obtêm-se a perda da biodiversidade local, que não se adapta às novas condições ambientais que lhe foram impostas. Além disso, há enorme utilização de água e sua eutrofização, esta devida ao alto uso de agrotóxicos nas plantações.     Pesquisa realizada pela Revista Globo Rural mostra que a exportação do milho aumentará 168% em 2026 em relação a 2015. Tal dado evidencia o crescimento das monoculturas, sendo que estas causam, ao longo prazo, a perda de nutrientes do solo, de modo a tornar as áreas do plantio incultiváveis. Isso gera prejuízos ao governo, pois com a queda na produção de produtos agrícolas há queda na arrecadação de impostos.     Fica clara, portanto, a necessidade de mudanças a fim de encontrar o equilíbrio entre produção e conservação. Para tanto, o Ministério do Meio Ambiente deve fiscalizar o desmatamento descontrolado das áreas florestais e o uso de seus recursos, para que se obedeça o que consta no Código Florestal Brasileiro. Ademais, este ministério deve incentivar a rotação de culturas como alternativa frente ao problema das monoculturas, pois aquela possibilita a recuperação do solo através da reposição da matéria orgânica. Por fim, a Anvisa deve proibir o uso de agrotóxicos, pois, além de prejudicarem o meio ambiente, também comprometem a saúde de quem consome alimentos nos quais aqueles foram utilizados.