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Enviada em: 11/05/2018

Desde à Revolução Industrial e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento aos valores humanos. Relativo à expansão do agronegócio no Brasil, é possível destacar tanto aspectos positivos quanto negativos; se por um lado, houve a modernização do campo; por outro, esse avanço ocasionou impactos, à exemplo da concentração de terra e renda como também o agravamento de questões ambientais.        Podemos afirmar que com a industrialização do campo a agricultura autônoma foi substituída. Isso pode ser evidenciado pelo advento da Revolução Verde em 1935. Esse processo foi iniciado quando perceberam que a Europa iria entrar em guerra e era necessário o aumento da produtividade agrícola mundial através da modificação genética de sementes e modernização de técnicas no espaço rural. No Brasil, isso ocorreu na década de 50 no Governo Juscelino Kubtschek, o qual incentivou a instalação de indústrias americanas e propiciou a criação da ABCAR, Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural. Dessa maneira, verificamos que o agronegócio contribui para o incremento do PIB brasileiro, é responsável por uma gama de empregos e nos tornou um país referência na exportação, considerando a grande quantidade de terras agricultáveis disponíveis em nosso território.       Não obstante, a modernização agrícola acarretou na intensificação de questões socioeconômicas e ambientais. Os países que aderiram a Revolução tecnológica do campo, como o Brasil, foram induzidos a usar maquinário específico de alto custo e utilização de insumos químicos. Dessa maneira, pequenos agricultores não tinham condições de disputar com latifúndios modernos, o que intensificou a concentração de terra e renda. Outro aspecto relevante, é o agravamento de questões ambientais devido ao elevado uso de agrotóxicos com a produção intensiva do sistema agrícola. Dessa maneira é inadmissível, que o Estado negligencie a fiscalização rigorosa das ações que estão sendo feitas pelos grandes proprietários latifundiários.       Os grandes proprietários rurais, portanto, poderiam investir na produção de pequenos agricultores de alimentos orgânicos, por meio da associação benéfica de ambos, uma vez que o minifúndio teria verba suficiente para manter seu negócio e o latifundiário receberia parte dos lucros dessa nova maneira agroecológica de produzir. Com o aumento da produtividade de alimentos sem agrotóxicos aliada ao relacionamento desses fabricantes, espera-se que haja maior sustentabilidade e diminuição da concentração de terra e renda, diminuindo a vulnerabilidade socioeconômica de produtores  familiares.