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Enviada em: 17/05/2018

É fato que o agronegócio é importantíssimo para a economia brasileira, vide seu slogan na grande mídia: "agro é tec, agro é pop, agro é tudo". Isso porque o país é um grande exportador de produtos advindos do agro, como a soja, por exemplo. O Brasil é muito experiente em plantio para a exportação: desde a colonia o faz, seja café, seja cana-de-açúcar. O grande problema nisso é o custo para o meio ambiente: hoje só restam 12% da Mata Atlântica em decorrência do desmatamento para tal prática. Com isso, observam-se mudanças climáticas, extinção de espécies, além de disputas territoriais: problemas que geram graves consequências à vida na terra, o que é um crime contra a natureza.        Acerca desse assunto, são inegáveis seus impactos ambientais: hoje, o Pantanal - área de grande importância à biodiversidade, já que é onde os peixes dulcícolas desovam - se tornou pasto para vacas. Além desse bioma, o Cerrado, que também é importantíssimo, foi dominado pela produção de soja, coisa que seria impossível sem o uso em larga escala de insumos químicos, já que seu solo é ácido. Essas mudanças forçadas pelo homem ao meio ambiente acabam por causar primeiro a extinção de espécies vegetais, que se seguem das espécies animais. O ato de retirar a vegetação pode acarretar problemas mais fáceis de serem observados, como a crise hídrica: chove menos, o acesso à água torna-se mais caro, o que causa sede à população mais carente, que gera morte e pronto: o problema - que antes estava retido à fauna e à flora - chega ao ser humano.       Além disso, o uso comercial da terra é fator determinante para que existam conflitos por ela. Essas terras, ocupadas à priori por populações indígenas, foram e são invadidas, por jagunços que matam a população nativa, assim como sua vegetação, para dar lugar ao agronegócio. Inclusive, em decorrência escândalos recentes sobre tais massacres acabaram por gerar campanhas midiáticas, com apoio de muitos artistas famosos, pedindo a demarcação das terras indígenas. Mas, mesmo com toda essa movimentação e a polêmica em torno do agronegócio, ele continua tomando cada vez mais espaço nas terras brasileiras, recebe incentivos fiscais do governo e, até mesmo, anistia, como o ocorrido com aqueles que desmataram, poluíram e saquearam terras até 2008.       Logo, é muito importante que se invista no monitoramento dessa expansão territorial do agronegócio rumo à áreas que deveriam ser preservadas, de modo a não se repetir o caso da Mata Atlântica. Isso se daria através de concurso público, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Planejamento e Gestão, para contratação de mais fiscais de terra para o IBAMA, para multar e/ou processar avanços ilegais. Bem como a aprovação, na câmara e no senado, da PEC que regulamenta a demarcação das terras indígenas no Brasil. Assim, esse crime contra a natureza chegaria ao fim.