Materiais:
Enviada em: 16/05/2018

Na conjuntura contemporânea, caracterizada pela irracionalidade dos comportamentos gerais, observa-se que o homem age em manutenção da sociedade de consumo a qual está inserido, sendo, segundo Karl Marx um conjunto de fatores concretamente determinados pela história. A partir dessa concepção, pode-se pontuar que as polêmicas acerca do agronegócio brasileiro são reflexo da ação humana de expandir seu meio de obtenção de lucro sem se preocupar com as consequências.    A expansão da fronteira agropecuária tem promovido graves danos ao meio ambiente. Isso porque ela não garante, no Brasil, a manutenção a longo prazo dos recursos naturais e da produtividade, configurando-se como um fator massivo de degradação dos ecossistemas, sobretudo do Cerrado e da Amazônia - arco do desmatamento. A monocultura da soja e a criação de gado são os principais motivadores da expansão que não só agride à fauna e flora, mas também motiva a disputa territorial de áreas para a utilização. Um exemplo é a acentuação de conflitos diplomáticos para demarcação dos territórios indígenas.    Ademais, o crescimento desses negócios implica a intensificação do uso de agrotóxicos, fertilizantes e água, muitas vezes, sem os devidos cuidados necessários. São consequências dessas ações antrópicas a eutrofização das águas e processos de intemperismo químico como a lixiviação e laterização dos solos. Entretanto, é a saúde da população que gera maiores preocupações em vista do uso de agroquímicos, visto que o Brasil já detém o título de maior consumidor desses produtos nocivos em seu excesso.   Logo, cabe ao Governo Federal enviar agentes de fiscalização às regiões de impacto, uma vez que leis ambientais protecionistas já existem, resta serem melhor efetivadas. Outrossim, também é importante que o Ministério da Educação realize projetos de conscientização - ética e ambiental - nas escolas, por meio de palestras e atividades lúdicas, visando despertar nos jovens maiores preocupações com a saúde e o ambiente, além de cumprir com a máxima de Nelson Mandela ao constituir a educação como forma de transformar o mundo.