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Enviada em: 16/05/2018

Entre os séculos XV e XIX,o plantation - sistema agrícola baseado em uma monocultura de exportação - caracteriza-se pela utilização de grandes propriedades.Porém,embora date de décadas recentes,o agronegócio nacional possui semelhanças com o modelo de produção adotado no Brasil Colônia.Desse modo,nota-se a presença de desafios históricos no setor agrário do país,seja pelos problemas ambientais,seja pelos imbróglios sociais.      De acordo com Durkhein,o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar.Assim,um indivíduo que vive em uma sociedade que desperdiça recursos naturais,tende adotar tal característica.Com isso,mediante ao agronegócio,tornou-se comum,nos noticiários,reportagens que evidenciam o elevado consumo de agrotóxicos - fator que acarreta a contaminação da água,do ar e do solo.Entretanto,o estresse hídrico,oriundo da alta demanda e do desperdício de água,e o desmatamento ilegal são outros fatores que colaboram para a destruição da natureza.         A Constituição de 1988 garante a todo cidadão o direito à propriedade. Contudo,evidencia-se grande discrepância entre a teoria e a realidade,visto que o Brasil possui elevada concentração fundiária.Dessa maneira,devido à desigualdade social e à mecanização agrícola,diversos conflitos territoriais eclodem no espaço rural do país.Além disso,a presença do trabalho escravo nos latifúndios - somada a falta de inclusão social, principalmente no que se refere a saúde e a educação - ocasiona o êxodo rural para as cidades.       Urge,portanto,que as instituições públicas cooperem para mitigar os problemas causados pelo agronegócio.Cabe ao Ministério da Agricultura estimular a produção orgânica,visando a diminuição da poluição causada pelos insumos agrícolas.Ademais,convém ao Estado desapropriar as terras improdutivas e,por conseguinte,subsidiar um modelo baseado no Kibutz de Israel,no qual a propriedade é coletiva.Com tais medidas,a Constituição de 1988 será aplicada e o Brasil hodierno superará esses desafios.