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Enviada em: 18/05/2018

O agronegócio ocupa um papel de destaque na atual economia brasileira. Além dos lucros, entre seus benefícios estão o abastecimento alimentar e a geração de empregos. No entanto, essa atividade ainda apresenta grandes problemáticas, como é o caso da exploração de trabalhadores rurais e a depreciação da agricultura familiar.         O avanço do agronegócio no Brasil resultou no aumento dos "boias frias", termo usado para caracterizar pobres trabalhadores agrícolas, que são submetidos a exaustivas tarefas em troca de baixar remunerações. Apesar da luta iniciada por movimentos sociais no último século ter estendido os direitos trabalhistas a essa classe, a necessidade de mega produções e a busca por lucros por parte de empresários do ramo acarretaram em uma maior exploração desses operários. Dificultando, dessa forma, as relações de trabalho.             Paralelo a isso, os pequenos produtores também são prejudicados. A concentração fundiária no Brasil tem sido um problema desde a criação das Capitanias Hereditárias, que concentrou a terra nas mãos da elite. Apesar das inúmeras tentativas de se implantar a Reforma Agrária no país e reverter esse quadro, as camadas mais pobres das zonas rurais seguem sem acesso ter acesso a terras, que por muitas vezes são obtidas de maneiras ilegais por grandes produtores. Além disso, agricultores que carecem de recursos são incapazes de competir com gigantes do agronegócio, tornando as plantações familiares uma atividade pouco lucrativa, contribuindo com a pobreza local.          Sabendo disso, é preciso buscar por medidas que tornem o agronegócio uma atividade mais humanizada. Primeiramente, o governo deve garantir a atuação de órgãos de segurança, como a policia federal, em áreas rurais, para que ocorra uma severa fiscalização das condições de trabalho lá estabelecidas, impedindo que trabalhadores tenham seus direitos violados, e das terras ocupadas, repassando aquelas que não tenham sido adquiridas de maneira legal. Para além, o Estado deve conceder subsídios a pequenos produtores, para que possam investir em materiais e equipamentos que permitam sua participação no mercado e tornem seus negócios mais produtivos. Desse modo, contribuindo para o desenvolvimento dessa área e, consequentemente, do agronegócio em geral.