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Enviada em: 21/05/2018

Desde o ciclo da cana-de-açúcar no Brasil Colonial, passando pelos cafeicultores no Império até os atuais latifúndios de soja e criação de gado no cerrado, a agropecuária é uma atividade fundamental para a economia brasileira. Entretanto, nos últimos anos, algumas polêmicas circulam em torno desse setor. Nesse sentido, o desmatamento da vegetação nativa e os conflitos entre índios e fazendeiros por terras colaboram para os impasses.     Segundo Victor Hugo, em “Os Miseráveis”, ”é triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve”. Sob essa ótica, a destruição dos biomas nacionais em detrimento do avanço das áreas de pasto gera grandes desequilíbrios ambientais. Prova desse desastre, está em uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, demonstrando que o agronegócio é responsável por 65 % de todo desflorestamento nos anos de 2000 a 2010. Consequentemente, esse quadro provoca a extinção de muitas espécies da fauna e da flora, além de causar sérias desarmonias climatológicas, como a seca na caatinga e alagamentos em grandes cidades.    Noutros termos, também é preciso destacar que a comunidade indígena tem problemas com o agronegócio. Apesar da Constituição Cidadã assegurar o direito dos silvícolas de dispor de terras suficientes para desenvolver suas necessidades econômicas e culturais. Essa questão esbarra nos interesses dos produtores agropecuários, como ocorreu na demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, situada em Roraima, que resultou na morte de indivíduos da tribo Kayapó, assassinados por rizicultores da região. Nesse contexto, é de suma importância uma intervenção governamental criteriosa para conciliar ambos os interesses.   Diante dos fatos mencionados, atitudes são necessárias para diminuir os efeitos do avanço desordenado da agropecuária. Em vista disso, é necessário que o governo faça jus a Constituição Federal que garante ao indígena o direito a todo um aparato para seu modo de vida, isso se dará por intermédio da Fundação Nacional do Índio com a implantação dessa legislação. Com isso, os índios terão mais chances de lutar por seu território. Ademais, é de responsabilidade dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente combater novos casos de desmatamento, através da regularização e fiscalização das áreas com criação de gado e grandes plantações. No intuito de conciliar o desenvolvimento dessa camada da economia com a preservação da natureza.