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Enviada em: 17/07/2018

As pesquisas e revelações históricas não negam: o homem só pôde evoluir graças a incorporação da agricultura, cerca de 10 mil anos atrás, que provocou a quebra do nomadismo e desenvolveu a sedentarização para dar início às primeiras vilas e cidades. Hoje, o avanço tecnológico permitiu um aprimoramento das técnicas, visando a maior produção e lucratividade. Contudo, é necessário entender os impactos provocados por tais mudanças e, dessa forma, poder-se-á conciliar suas vantagens com suas consequências.    Em primeira análise, é interessante notar que pelo fato de o Brasil ser um país de proporções continentais, solos férteis e ser composto de vários rios e seus afluentes, vigorou-se o processo de agricultura e criação de gado. Além disso, após a Revolução Verde, na década de 1970, o país formulou o sistema de agronegócio, que agora conta com uma tecnologia eficaz para a produção massiva dos commodities brasileiros, entre eles; a carne bovina, o milho e a soja. Não à toa, esse avanço fez com que o agronegócio brasileiro representasse próximo de 23% do valor total do PIB e, por conseguinte, fez do Brasil a terceira maior nação que mais exporta insumos agrícolas do mundo, como indicado pela Organização Mundial de Saúde. Nesse sentido, compreende-se o quanto esse setor é produtivo e importante para a economia do país.     Em segunda análise, vale trazer à tona os questionamentos da população para com os grandes latifundiários e com esse novo sistema, o agronegócio, o qual também tem surtido efeitos negativos na sociedade. Nesse contexto, ressalta-se sob a voz de Chico César a canção “Reis do agronegócio”, em uma clara oposição ao sistema que, de acordo a música crítica, é responsável por desempregar funcionários, invadir territórios indígenas, contaminar lençóis freáticos e rios com a poluição deixada pelo uso de agrotóxicos e, ainda, destruir o nicho de alguns animais, por vezes, causando sua extinção. Essas variáveis que destoam do verdadeiro objetivo do agronegócio não se restringem ao compositor, pois são questionamentos feitos pela própria população e que necessitam serem mitigados.     Infere-se, portanto, que o modo como se tem conduzido o progresso do agronegócio precisa ser revisto, para evitar que as qualidades negativas superem as positivas. Assim, é imperativo a atuação dos deputados da Bancada Ruralista, na projeção de leis específicas para punir aqueles que forçam a tomada de terras e avançam sobre propriedades indígenas, além de impor medidas para a rejeição de agrotóxicos que já são invalidados mundialmente, evitando a contaminação dos rios. Outrossim, a Guarda Nacional Republicana deverá ampliar o número de guardas florestais para atuarem no combate a perda da fauna. Destarte, o Brasil reterá as lacunas de um sistema em desequilíbrio.