Materiais:
Enviada em: 29/05/2018

Segundo Lévi-Strauss, um problema social deve ser compreendido por meio do entendimento das ações que uma sociedade está submetida. Tal reflexão auxilia na interpretação das polêmicas acerca da expansão do agronegócio no Brasil. Dessa forma, a concentração fundiária, bem como a degradação do meio ambiente são entraves que devem ser refletidos.      Em uma primeira análise, tem-se a concentração fundiária nacional. Assim, essa é fruto das sesmarias distribuídas durante a época colonial. Dessa forma, é possível observar que há grandes propriedades distribuídas nas mãos da elite agrária brasileira, dando origem à concentração. A partir da interpretação histórica, é possível concluir que o óbice fundiário é presente desde o nascimento do país, sendo latente e carecendo de solução.     Isso posto, outro ponto relevante é a degradação do meio ambiente, como o desmatamento, sendo potencializada pela agricultura intensiva. Tal empecilho pode ser exemplificado pelo "Arco do Desmatamento", uma grande extensão de floresta amazônica que está sendo desmatado com o fito de expandir a fronteira da soja no norte do Brasil. Desse modo, a degradação ambiental é um entrave ao desenvolvimento sustentável. Logo, é necessário que as secretarias municipais de meio ambiente tomem atitudes aspirando ao decrescimento da exploração ambiental.     Em síntese, considera-se o estorvo mais amplo do que aparenta. Por isso, o Governo Federal, em vista da concentração fundiária, deve promover programas que visem a distribuição de latifúndios improdutivos, promovendo a homogeneização no acesso à terra pelos cidadãos. Por fim, às secretarias de meio ambiente municipais, em vista da degradação ambiental causada pela agricultura, cabe um aumento de fiscalização objetivando o cumprimento do Código Ambiental da nação com o fito de diminuir a exploração de florestas. Decerto, as polêmicas acerca da expansão do agronegócio no Brasil serão decrescidas pela prática das ações supracitadas.