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Enviada em: 03/06/2018

O descobrimento da agricultura e a domesticação de animais selvagens foram marcos importantes na história da humanidade, pois permitiram a sedentarização e o agrupamento de sociedades que se dedicavam para ambas atividades, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade moderna. Atualmente, uma reduzida parcela da população brasileira atua diretamente na agricultura e pecuária, sendo comum encontrar um seleto grupo de empresários que controlam setores inteiros do ramo. Essa concetração contribui para o rápido avanço do agronegócio no Brasil. Nesse contexto, deve-se analisar os impactos que a concentração e expansão do agronegócio causam na sociedade e meio ambiente.      O acúmulo de terras por algumas pessoas é habitual desde a estruturação da sociedade em níveis sociais. Antigamente, a aristocracia, classe privilegiada, era conhecida por ser detentora da maior quantidade de terras férteis. Presentemente, grandes empresários são conhecidos por acumularem terras produtivas e renda. Esse acúmulo, além de contribuir para a desigualdade social e controle dos preços alimentícios, os permite impactar diretamente nas políticas governamentais. Dessa forma, há uma grande quantidade de leis e decretos que reduziram áreas de proteção ambiental, além de permitirem práticas nocivas ao meio ambiente. Por consequência disso, os impactos do agronegócio são imensuráveis para a população, que sofre com o aumento da irregularidade do ciclo hidrológico, causado pelo desmatamento.       Além disso, a expansão do agronegócio afeta diretamente o meio ambiente. Isso porque, as áreas previamente compostas por diversos ecossistemas, cada um com seus peculiaridades e espécies nativas, se transformaram em grandes lavouras, com baixíssima biodiversidade. Por exemplo, o Cerrado do Centro-Oeste, atualmente, é um dos biomas mais afetados pelo avanço do agronegócio, sendo comum encontrar a monocultura da soja por centenas de metros sem interrupção. Consequentemente, a vida das espécies nativas é afetada diretamente, ocorrendo a extinção de um grande número de animais e plantas.       Torna-se evidente, portanto, que, a rápida expansão do agronegócio no Brasil, sem a mensuração dos seus efeitos e consequências, é nociva à sociedade e ao meio ambiente. Em razão disso, o Governo Federal deve ampliar as políticas de reforma agrária, reduzindo a concentração das terras. Além disso, o Ministério da Agricultura deve distribuir cartilhas que informem sobre a importância da preservação da vegetação nativa e os prejuízo da monocultura. Dessa forma, as atividades do agronegócio serão desenvolvidas de forma mais sustentável e benéfica para a população, reduzindo os seus impactos na sociedade e meio ambiente, contribuindo para um melhor planeta.