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Enviada em: 06/06/2018

Com o crescimento populacional desenfreado no século XX, a agricultura, antes simples e familiar, precisou modernizar-se, originando o agronegócio, o qual produz alimentos em grande escala para suprir toda a demanda populacional de aproximadamente 207 milhões de brasileiros. Contudo, tal crescimento produtivo vem prejudicando o ecossistema, na medida em que não realiza os devidos cuidados para a preservação ambiental. Nesse contexto, deve-se analisar as polêmicas acerca da expansão do agronegócio no Brasil e suas consequências na sociedade contemporânea.     O agronegócio é um importante ramo da economia brasileira, responsável por gerar cerca de 35% dos empregos do país, de acordo com os dados da Conferência Nacional de Agricultura. Ademais, os produtos gerados em solo brasileiro, advindos do agronegócio, são responsáveis por alimentar toda a população mundial por meio da exportação. Algo praticamente impossível de ser realizado se a produção fosse apenas constituída por pequenos produtores familiares. Contudo o uso em excesso dos insumos químicos tem causado o aumento de algas e plantas nos rios, gerando a eutrofização, e o uso inadequado do solo causa a erosão e a desertificação de solos, tornando-os, improdutivos.     Na amazônia brasileira cerca de 18% do território já foi desmatado, de acordo com dados do Greenpeace, ameaçando a fauna e flora local e as populações indígenas, que dependem dela para sua sobrevivência. Sendo assim, ao mesmo tempo que o agronegócio causa um aumento considerável no PIB brasileiro, ele também demanda um alto custo para a recuperação das áreas degradadas pela agropecuária.       Torna-se evidente, portanto, as problemáticas que o crescimento desenfreado do agronegócio tem causado à diversidade brasileira. Sendo assim, é necessário a implementação de políticas públicas, por meio do Ministério do Meio Ambiente, para monitorar o desmatamento gerado pela agropecuária, utilizando o CAR - Cadastro Ambiental Rural de forma efetiva e realizando a aplicação de multas; além disso, é necessário aumentar as Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal, obrigando os produtores a plantarem mais hectares de árvores, contribuindo para a preservação ambiental. Posto isso, com essas medidas será possível o avanço agrário e, ao mesmo tempo, a preservação do ecossistema.