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Enviada em: 14/06/2018

Após a Segunda Guerra mundial, a fome se tornou um problema real em diversos países. A princípio, para atenuar esse cenário, surgiu a Revolução Verde, no México, com o objetivo de melhorar a produção de alimentos através de sementes geneticamente modificadas. A partir do grande aumento de produtividade, o Brasil, durante o regime militar, adotou também aderiu à revolução do setor, o que contribuiu para que ele se tornasse um grande exportador, principalmente de soja. Entretanto, o agronegócio não apenas possibilitou uma balança comercial favorável, como também trouxe problemas ao meio ambiente, saúde, além de populações vulneráveis, como a indígena.  Em primeira análise, é válido pontuar que, apesar de ser importante para a economia brasileira, o agronegócio colabora para a degradação do meio ambiente, considerando-se as técnicas inadequadas, o desenvolvimento extensivo da agricultura e o pisoteamento contínuo do gado. Nesse sentido, impulsiona à degradação do solo e aceleração da desertificação. Além disso, o consumo em excesso de agrotóxicos da oportunidade ao desenvolvimento de doenças, como as de ordem neurológica. Segundo o epidemiologista Sérgio Koifman, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o agrotóxico afeta o cérebro levando à depressão, por exemplo.  Vale ressaltar, também, a arrogância em relação a populações minoritárias. A Primeira Geração Romântica, na literatura brasileira, tinha dentre suas principais características a valorização da natureza e o indianismo. Em contrapartida, o contexto atual brasileiro colide com o pensamento romântico. Desse modo, nativos, por exemplo, que padecem desde o início da colonização, são desalojados de seus território,como a tribo Guarani Kaiowá. Assim, terras que eram usadas de forma sustentável são devastadas para suprir a demanda de alimentos.  É evidente, portanto, que o agronegócio afeta a realidade brasileira de forma crítica, ao passo que, além de afetar o meio ambiente, acarreta doenças e perda de territórios por parte da população. Em razão disso, o Ministério do Meio Ambiente deve garantir a proteção e demarcação de terras indígenas e reservas florestais, por meio de fiscalizações constantes, com o intuito de assegurar não apenas os direitos dos nativos como também diminuir as agressões à flora. Ademais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve ser mais rígida com a análise de alimentos e os níveis de agrotóxicos permitidos, a fim de diminui-los no mercado,tendo em vista que, segundo ela, cerca de um terço dos vegetais mais consumidos no Brasil apresentaram maior agrotóxicos do que o aceitável. Dessa forma, articulando as dimensões econômicas, ambientais e sociais será possível um agronegócio sustentável.