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Enviada em: 25/06/2018

A exploração do território brasileiro se configura como uma tradição histórica que envolve o confisco de bens essenciais para o desenvolvimento da população. Um dos momentos mais relevantes acerca dessa situação começou no século XVI, em que os nativos da América do Sul sofreram com a utilização de suas terras e mão de obra para o favorecimento da economia Portuguesa. Entretanto, o setor ruralista ainda incorpora esse aspecto explorador a fim de obter lucros cada vez mais altos em suas produções agrícolas. Tais fatos evidenciam tanto a destruição ambiental, quanto o uso inadequado de agrotóxicos nos alimentos.             De acordo com o sociólogo Karl Marx, em sua teoria Marxista, as relações entre indivíduo e natureza são moldadas a partir de um nível estrutural, chamado de Infraestrutura. Esta é imprescindível para construir a própria existência humana, haja vista a utilização da terra para a geração de mantimentos. Contudo, atualmente, a presença dos latifúndios no Brasil transfigura um elo desigual no convívio do ser humano com o meio ambiente. Para aumentar a obtenção do retorno financeiro a partir da produção agrícola, os donos de terras relativas a colheita e ao plantio de soja devastam o Cerrado, acarretando em problemas, como, a perda da biodiversidade e o desmatamento do bioma.           Ademais, de acordo com a teoria Malthusiana, o aumento gradativo da população em desarmonia com o crescimento lento da produção dos alimentos suscita a fome, o que potencializa a existência de discursos que apoiam o uso de agrotóxicos. No Brasil, a bancada ruralista defende que a utilização desses produtos permite expandir a distribuição de alimentos, diminuindo a expectativa de um futuro miserável. Todavia, a presença dessas substâncias em grandes quantidades nas plantações pode causar danos irreversíveis, como cânceres, problemas genéticos e de má formação. Cabe destacar, ainda, que essa problemática é fomentada pela legislação brasileira, que permite o aproveitamento inadequado desses componentes, caracterizando a falta de segurança do consumidor em garantir sua subsistência. Destarte, algumas modificações torna-se cabíveis.           É preciso, pois, que o Ministério do Meio Ambiente em parceria com o IBAMA possam implementar políticas públicas que determinem aos latifundiários, o reflorestamento e a preservação das áreas destruídas do Cerrado. Em consonância, será importante a existência de uma legislação que ordene a diminuição das taxas no uso de agrotóxicos nas plantações. Caso haja o descumprimento das normas estabelecidas, é necessário que o Estado intervenha e aplique sanções a esses indivíduos com multas altas e até prisões. Isto posto, seria possível garantir a biodiversidade do local e o bem-estar e segurança da população.