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Enviada em: 21/06/2018

A economia brasileira durante o período colonial, historicamente, se sustentou com a produção agrícola para a exportação, tendo como cultivo as monoculturas em sistema de plantation. Partindo dessa perspectiva, ainda presente no cotidiano, o agronegócio é um dos responsáveis pelos graves danos ambientais, além de também ser um dos contribuintes na manutenção da segregação socioespacial, devido à quantidade de terras concentrada nas mãos de poucos, exigindo com que esse sistema seja analisado minuciosamente.    Contudo, o processo de produção agrícola brasileiro, especialmente após a segunda metade do século XX, sofreu uma grande transformação devido à Revolução Verde. A introdução de poderosas máquinas e insumos agrícolas, a expansão brutal dos grandes latifúndios e a profissionalização do campo, foram apenas alguns dos fatores que fortaleceram o agronegócio. Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio e Exterior (MDIC), a cada dez produtos exportados pelo Brasil, sete advém do agronegócio, o que também justifica o fato do Brasil ser um dos maiores exportadores de soja e carne bovina no mundo.    Todavia, os danos causados por essa cadeia produtiva agrícola são imensuráveis. Dentre eles, estão inclusos a perda de biota, mortandade de plantas e animais, arenização e lixiviação do solo, entre outros. Com o desmatamento e o advento de chuvas, o processo de erosão é intensificado, onde ocorre o risco de sedimentos atingirem os rios e possibilitar o assoreamento. Além disso, o uso de herbicidas pode ocasionar a morte de microorganismos e a contaminação dos lençóis freáticos.    Dessarte, ações devem ser aplicadas para intervir nesse impasse. Por conseguinte, cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) juntamente com o Poder Legislativo, reformular as políticas que abrangem o sistema do agronegócio e intensificar a fiscalização da produção agrícola, visando atender as demandas do Código Florestal Brasileiro. Assim sendo, por meio de leis que também atuem na penitencia dos devidos latifundiários que causarem danos ambientais, seja por meio de multas ou até mesmo detenção, punir os envolvidos e minimizar os impactos ambientais tornando esse tipo de sistema agrícola menos nocivo às biotas.