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Enviada em: 25/06/2018

O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu em 1987, com o Relatório de Brundtland, e garante o progresso sem comprometimento das necessidades das futuras gerações. Nesse sentido, é viável observar que a expansão do agronegócio no Brasil não condiz com tal termo, uma vez que ele é permeado de polêmicas acerca das consequências geradas. Dessa maneira, analisa-se que o crescimento desenfreado e descontrolado do agronegócio provoca impactos ambientais e sociais.        Mormente, evidencia-se que a expansão do agrícola no Cerrado, intensificada nos anos de 1970, colocou o bioma na condição de “hotspot” - áreas com grande biodiversidade, com alto grau de ameaça – pois, houve intensa devastação territorial para agregação das plantações. Somado a isso, é de suma importância avaliar que, essa vegetação é responsável pelo abastecimento das principais bacias hidrográficas brasileiras, portanto, seu desmatamento descomedido trará escassez de água. Dessa forma, é indubitável que a falta de políticas de conservação e de fiscalização são resultado da forte influência da bancada ruralista no Congresso Nacional.         Outrossim, expõe-se as implicações sociais dessa prática, tais como: concentração fundiária e disputa territorial. Em síntese, constata-se que a falta de apoio e de recursos levam milhares de pequenos proprietários a perderem suas terras para os grandes fazendeiros, haja vista a invisibilidade daqueles perante os bancos, e até mesmo, perante o Estado, resultando no desamparo desses cidadãos, que se veem sem alternativas, a não ser venderem suas propriedades, por preços irrisórios, contribuindo para a permanência dos grandes latifúndios. Ademais, exemplifica-se essa carência de suporte com o caso de Chico Mendes, seringueiro e ambientalista, que lutava contra o desmatamento e a favor da reforma agrária, assassinado em 1988 por fazendeiros insatisfeitos com sua política social.       Destarte, fica claro que a expansão do agronegócio, sem gestão e fiscalização, resulta em diversos conflitos, e deve ser modificado. Em princípio, é relevante que a bancada ambientalista no Congresso tenha mais efetividade, o que se dará por meio de apoio popular em redes sociais, com manifestos que incitem a luta em prol de mais políticas de preservação ambiental e da criação de mais reservas protegidas no Cerrado, para que a área saia da condição de risco, pois assim, os perigos de crise hídrica e de extinção serão minimizados. Além disso, é necessário que os pequenos proprietários se aliem a sindicatos que combatem a concentração fundiária, para que eles ganhem força política e pública, e assim, tenham mais voz na busca pela reforma agrária, isso se dará por meio de mais mobilização de tais sindicatos, que deverão procurar esses cidadãos e convencê-los a juntar-se à causa. Feito isso, o desenvolvimento sustentável será plenamente realizado no Brasil.