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Enviada em: 29/06/2018

A vocação agropecuária brasileira já era perceptível no período colonial, quando o cultivo da cana de açúcar era a principal atividade comercial do território. Desde então, houve o crescimento agrícola no país, além do desenvolvimento de técnicas avançadas para otimizar a produção que, em contrapartida, apresentam-se também como causas dos impactos do agronegócio. Desse modo, é fundamental discutir sobre os riscos dessa expansão e criar medidas para viabilizá-la, sem que, no entanto, haja danos significativos para a sociedade e ao meio ambiente.   Dentre as inúmeras as consequências do avanço do agronegócio, a devastação de florestas acarreta muitos danos às tribos indígenas, aos pequenos produtores rurais, além de ameaçar a biodiversidade local. Tais impactos se devem, sobretudo, ao poder político e econômico dos grandes fazendeiros, os quais têm controle sobre a esfera legislativa, na qual alguns parlamentares atuam na criação e aprovação de leis que beneficiam os ricos proprietários de terra com, por exemplo, a facilitação na obtenção de financiamentos e terrenos, além de obras públicas de infraestrutura em locais estratégicos sem que haja a consulta de ambientalistas. Com isso, há a manutenção da concentração fundiária, problema que reforça as desigualdades no meio rural e atribui mais forças aos ricos agropecuaristas.   Além disso, outro fator preocupante nesse âmbito é o uso de técnicas que, por mais que sejam consideradas modernas e que possibilitem o aumento da produtividade, tornam-se uma grande ameaça à integridade dos ecossistemas dos locais em que são empregadas. Devido à excessiva aplicação de insumos químicos e ao cultivo indiscriminado de transgênicos nas plantações, associadas à irrigação irregular, o fluxo dos rios é prejudicado, o solo é degradado e a poluição é agravada e o fenômeno das secas se torna mais frequente. Logo, é imprescindível promover a agricultura sustentável, visto que os danos ao ambiente são enormes e, até mesmo, irreversíveis.   É, portanto, essencial realizar ações para atenuar as problemáticas provenientes do crescimento do agronegócio. Para tanto, é dever do Ministério da Agricultura estabelecer regras para a expansão de terras destinadas a agricultura, proibindo a ocupação de reservas indígenas pelos produtores rurais, além da imposição de limites ao uso de agrotóxicos e organismos transgênicos, a fim de impedir com que o meio ambiente seja prejudicado. Ademais, é papel de deputados e senadores que não fazem parte da bancada “ruralista”, em conjunto da população em geral, manifestarem-se contrários ao poder dos grandes proprietários de terra presente na Câmara e no Senado, com o intuito de inibi-los e impedir a aprovação de projetos que colocam em risco as florestas ou que favoreçam a discrepância entre ricos e pobres no campo.Dessa forma,será possível harmonizar o desenvolvimento dessa atividade no Brasil.