Materiais:
Enviada em: 22/08/2018

A Revolução Industrial possibilitou à Europa do século XVIII uma produção mecanizada em larga escala. A substituição do trabalho artesanal - com uso de ferramentas - para o trabalho assalariado, em decorrência das máquinas propiciou riqueza, permitindo acumulação de capital. Porém a era da industrialização gerou consequências gigantescas para a saúde das pessoas, devido ao grande impacto ambiental que esta provocou. Analogamente, o agronegócio no Brasil gera o maior PIB, sua dependência move a economia, contudo a expansão traz inúmeros problemas para o ser humano e o ambiente, como doenças nocivas e degradação ambiental que necessitam de uma intervenção no país.   Inquestionavelmente, a expansão do agronegócio vem acompanhada da grande demanda de alimentos no país, por conseguinte é a indústria que mais faz uso dos agrotóxicos. Haja vista que o Brasil é considerado o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, notáveis por serem produtos danosos para a saúde, pois segundo o Ministério da saúde, é apontado que eles são aptos causar diversos tipos de câncer, problemas neurológicos e até mesmo infertilidade. Uma vez que o organismo não possui a capacidade de eliminar o acúmulo dessas substâncias tóxicas, não é recomendado pela Anvisa seu uso exacerbado, pois como dito antes, frutificam problemas a longo prazo para a saúde.    Ademais, há consequências prejudiciais para o meio ambiente, nas quais afetam a fauna e a flora, como resultado do crescimento da disponibilidade de terras para a produção de soja e principalmente para a agropecuária. Segundo o filósofo Rousseua, nos primórdios da humanidade o homem vivia em harmonia e não havia tantas necessidades como atualmente, portanto, conforme sua tese o homem nasce bom e a sociedade o corrompe. Sob o mesmo ponto de vista, a deterioriação ambiental é a sequela que grandes produtores têm a necessidade de aumentar sua produção e consequentemente enriquecer individualmente, se corrompendo. Destarte, o desmatamento das florestas ocasiona o risco de extinção de biomas fundamentais para o país, como é o caso do Cerrado e da Mata Atlântica.    À vista disso, é primordial a mediação de políticas públicas para conter o agronegócio. A priori, o Ministério do Desenvolvimento Agrário deve promover vistorias para certificar de que as indústrias do agronegócio sejam sustentáveis, implementando como lei - através do poder legislativo - a agroecologia, com o intuito de diminuir e erradicar o uso de agrotóxicos prejudiciais à saúde. Outrossim, compete ao Ministério do Meio Ambiente junto ao Governo Federal punir severamente por meio de multas e processos aqueles que ultrapassarem a demarcação de terras a fim de desmatar, além do Conselho Nacional do Meio Ambiente criar projetos de reflorestação e proteção aos biomas em risco de extinção. Sendo assim, a integridade do meio ambiente e da saúde caminharia junto à agroindústria.