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Enviada em: 08/10/2018

"Vivemos em uma época perigosa. O homem domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo". A citação do filósofo Albert Schweitzer, revela o maior problema que envolve o agronegócio e sua expensão no Brasil, que é o avanço desenfreado dessa atividade, sem que seja planejado, com visão apenas no lucro e sem respeito à natureza. Assim, problemas como o desmatamento, poluição e a contaminação de alimentos são frequentes.        A princípio, é necessário analisar que o agronegócio, quando não sustentável, consome a natureza de forma inconsequente e gera danos irreparáveis ao meio ambiente. Segundo a pesquisa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), cerca de 93% da agropecuária no Brasil é extensiva, ou seja, é desenvolvida em longas áreas, sem alto investimento. Com isso, na tentativa de obter maiores lucros, os empresários expandem suas áreas sobre regiões de florestas e de importantes biomas, assim desmatam sua cobertura vegetal e suas espécies animais são expulsas. Desse modo, o agronegócio é o maior responsável pelo desmatamento ilegal, que causa graves desequilíbrios ambientais.       Além do conflito do desmatamento, outra consequência do agronegócio é o aumento gradativo do uso de agrotóxico e pesticidas. Como dito pelo filósofo Karl Marx, "A desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas". Assim, os produtores se esquecem do valor humano de seu trabalho, que é garantir produtos de qualidade para a população e passam a pensar apenas em dinheiro. Por isso, estes proprietários fazem uso excessivo de agrotóxicos nas plantações, para que cresçam mais rápido e espantam pragas, porém, com essa atitude podem comprometer a saúde humana com tais resíduos químicos, levando a um conflito de saúde pública.       Portanto, medidas devem ser tomadas para garantir o equilíbrio entre o meio ambiente e o agronegócio. Em primeiro lugar, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) deve monitorar e controlar a expansão do agronegócio, através da ação de fiscais e satélites, estabelecendo limites, para proteger a natureza. Além disso, o Ministério da Saúde deve fiscalizar, através de análise laboratorial periódica, as porcentagens de substâncias químicas nos alimentos e penalizar em caso de excesso, para garantir a qualidade dos produtos. Dessa forma, o agronegócio poderá desenvolver-se sem que prejudique o povo e o meio ambiente.