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Enviada em: 02/08/2018

A expansão agrária no Brasil não é uma invenção atual. Durante o período militar, houve grandes incentivos para aumentar a fronteira agrícola em direção às regiões Norte e Centro-Oeste com o intuito de evitar a perda desse território nacional. As políticas expansionistas foram elaboradas sem considerar a questão socioambiental. Essa despreocupação enraizou-se na cultura brasileira e, como resultado, pode-se mencionar o persistentes práticas de desmatamento e o aumento contínuo do uso de agrotóxicos.       A necessidade de povoar a região Amazônica nas décadas de 1960 e 1970 levou à redução de grandes partes da floresta. A devastação, que persiste nos dias atuais, implica na degradação da estrutura física dos solos, facilitando o processo de erosão. Além disso, tem-se a alargada as implicações com o aquecimento global, uma vez que a derrubada da mata comprime os níveis de evapotranspiração afetando os ciclos da chuva, favorecendo o aumento das temperaturas.    Outrossim, o uso de agroquímicos sem manejo adequado pode ocasionar sérios danos ao meio ambiente e ao homem. A aplicação descontrolada de nitratos e fosfatos provoca a contaminação de lençóis freáticos e rios, se inserindo na teia trófica, sendo o homem, topo da cadeia, o mais prejudicado. O excesso de nutrientes na água também favorece o crescimento descontrolado de algas, processo conhecido como eutrofização, abreviando a quantidade de oxigênio no meio levando à morte dos peixes.    Percebe-se, portanto, que a expansão do agronegócio no Brasil tem raízes históricas e as políticas relacionadas tendem ao imediatismo, sem preocupação com efeitos negativos ao meio ambiente. Para contornar essa situação, é mister que o Ministério da Agricultura crie campanhas públicas com vistas a promover a produção intensiva através do investimento em pesquisas de novas tecnologias com parecerias público-privadas. Espera-se que, com isso, seja possível um aumento na produção agrária sem necessidade de devastação e de forma benéfica a todos na sociedade.