Materiais:
Enviada em: 01/08/2018

Em um mundo informatizado, o valor agregado a um produto depende do seu grau de tecnologia, neste contexto, o Brasil, país dependente do agronegócio, busca maior produtividade e menores custos em um mercado no qual a variação de valor é quase sempre negativa. No entanto, dentre os meios utilizados com finalidade de maiores lucros, os agroquímicos e a monocultura agridem não só o meio como o consumidor final.       Seja pela subsídio governamental seja pela importância do agronegócio no PIB brasileiro, o uso de agroquímicos no país é o maior no mundo e, segundo o jornal O Globo, o consumo ultrapassa a cinco quilogramas por habitante ao ano. Além dos danos a saúde humana, os agrotóxicos possuem efeitos erosivos, destruindo sistemas ecológicos naturais, infectando conjunto aquíferos e dizimando populações.       Ao passo que o agronegócio teve importância evidente na formação histórica e econômica do país, a manutenção deste comércio foi preservada nas mãos de poucos adeptos à monocultura, técnica que além de agressiva ao solo, não possui regulamentação por parte do governo federal e por necessitar de vastas plantações, acarreta em disputas territoriais, no avanço sobre a floresta Amazônica e à áreas de preservação indígena. A figura oligárquica interferindo outra vez no cenário nacional.       Portando, deve-se buscar outros meios de viabilizar maiores lucros para que o agronegócio possa se expandir ecologicamente no país. Para isso, os ministérios da saúde e agricultura devem buscar entender os efeitos de agroquímicos na saúde humana e no meio ambiente, tal medida, em conjunto com maior fiscalização deverá impedir o uso de substâncias danosas ao homem e à fauna. Além disto, o ministério da agricultura deve exigir técnicas de rotação de terreno a fim de que este possa recuperar valores minerais naturalmente ou através do plantio de leguminosas, plantas capazes de repor sais ao terreno. Ou ainda, o citado ministério venha a propor benefícios aos latifundiários que colaborarem com a restauração de porções de terra. Quem sabe assim a era do capital informacional possa coexistir com a preservação da fauna e flora brasileira.