Materiais:
Enviada em: 08/08/2018

Desde o período Colonial, o Brasil foi explorado para a produção de cana de açúcar e posteriormente, durante o Império brasileiro, o café tornou-se a principal mercadoria de exportação. Assim, é inegável, desde o descobrimento do território brasileiro, a importância da agricultura, que foi e continua sendo o maior viés econômico. Entretanto, a expansão do agronegócio e a utilização de novas tecnologias nesse setor tem prejudicado o meio ambiente de diversas formas, tornando-se necessário a análise das causas e consequências para a população e o meio ambiente.                                Primeiramente, a Revolução Verde ocorrida no começo do século XX nos Estados Unidos, trouxe diversos mecanismos tecnológicos com o objetivo central de aumentar a produtividade através da utilização de fertilizantes, agrotóxicos e máquinas. Os países subdesenvolvidos, como o Brasil, adotaram a utilização desses insumos, impactando de forma positiva na economia até hoje, em que a agricultura e o agronegócio contribuíram com 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2017 como estima dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Dessa forma, é fato de que o incentivo desse setor de produção devido ao lucro e pela condições favoráveis dos recursos naturais brasileiro, conduz a um aumento na utilização de bens agrícolas  e de busca por terras.                      Por consequência, a mecanização gerou o desemprego e êxodo rural, acarretando nas lotações das cidades, e ainda dificultou o lucro de pequenos produtores. Ademais, a busca por terras e a criação de gado leva ao desmatamento e as queimadas, que contribuem para a emissão de gases do efeito estufa, além de destruir biomas nativos do país, causando um desequilíbrio ecológico. Outrossim, a adoção em larga escala da monocultura proporciona a utilização de agrotóxicos e fertilizantes para que haja um aumento da produtividade, essas práticas causam a erosão acelerada do solo e desencadeiam uma série de problemas socioambientais: deslizamentos, enchentes (através do preenchimento de lagos e rios), assoreamento dos rios, perda de nutrientes do solo. Evidenciando que a expansão do agronegócio trouxe benefícios da mesma forma que trouxe malefícios.                                                           Portanto, tendo em vista os fatos supracitados é necessário que mudanças sejam feitas. O Governo Federal, deve reforçar a utilização de técnicas agrícolas menos agressivas ao meio ambiente, por meio da fiscalização severa de leis protecionistas de biomas, como a multa pelo desmatamento e contaminação de rios e lagos, a fim de diminuir os impactos ambientais. Ademais, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve incentivar a agroecologia por meio de descontos nos juros em empréstimos bancários e na venda de seus produtos, para que esse setor cresça e tenha uma vantagem em comparação aos grandes produtores.