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Enviada em: 10/08/2018

Desde a Revolução Industrial o Brasil passou por diversas transformações relacionadas à produtividade agrícola. Logo, nos últimos anos, com as práticas modernas do agronegócio, o país tem se tornado o segundo maior produtor agrícola do planeta, segundo a OMC. Porém, a disputa de territórios e os impactos ambientais, como o desmatamento, são os principais fatores causados pelo "novo negócio" arcaico.     Em primeira instância vale ressaltar que o campo mecanizado é o maior gerador da conflitualidade entre camponeses e latifundiários. Tal situação gera uma exclusão, em que muitas comunidades campesinas são vítimas de uma expropriação territorial, a qual gera uma desigualdade e burgueses são excluídos de suas terras, cedendo, assim, aos latifundiários, em que visam o campo como uma forma de obter lucro. Além disso, outras vítimas das demarcações de terras são os indígenas e quilombolas, os quais estão sendo ameaçados pela nova Emenda Constitucional (PEC) 2015/2000, a qual visa retificar ou até retirar as demarcações já homologadas, pois para os grandes proprietários essas delimitações representam um obstáculos para o avanço do agronegócio.   Ademais, outro fator contribuinte para essa problemática é o desmatamento. À vista disso, muitas árvores são derrubadas, a fim de que se obtenha uma área maior para práticas comerciais. Por consequência disso, a ação de desflorestar acaba trazendo mudanças na temperatura e erosão nos solos, tornando-os inférteis. Prova disso são os dados da FAO afirmarem que, especialmente na Amazônia, a produção para mercados internacionais foi o principal fator do desmatamento após 1990, resultado de práticas como o pastoreio extensivo e o cultivo de soja.     É evidente, portanto, que a expropriação territorial e a degradação ambiental causadas pelo agronegócio têm que acabar. Para isso, é necessário que o Ministério do Meio Ambiente contribua por meio de palestras, panfletos e anúncios, mostrando, em diversos âmbitos, as possíveis consequências que poderão surgir em virtude do desmatamento, a fim de comover pessoas a não praticarem derrubadas de árvores e começarem a proteger a natureza, para que, assim, vivam em um ambiente sustentável.