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Enviada em: 17/08/2018

Em uma campanha de conscientização sobre a importância do tratamento de esgoto nas grandes cidades, o escritor brasileiro Ziraldo articula a seguinte campanha: "só jogue no rio o que o peixe pode comer". Essa afirmação pode ser debatida além do contexto urbano e correlacionada a respeito das graves consequências e prejuízos que os avanços dos agronegócios têm causado nas florestas e rios, tendo em vista, o uso em grande escala dos agrotóxicos, atrelado ao desmatamento de áreas florestais.    Relativo ao intenso uso de agrotóxico, o Brasil é o país que mais consome herbicidas, pesticídas e fertilizantes no mundo, conforme dados divulgados pela ESALC/USP em 2016. De acordo com essa mesmo pesquisa, apesar de serem eficientes no aumento da produção de alimentos, os agrotóxicos, quando usados em larga escala, acarretam graves problemas ao solo e à qualidade da água, afetando diretamente os peixes e algas, que são suscetíveis à composição química desses produtos.       Além disso, segundo a ONG Greenpace, 90 por cento das áreas desmatadas no território brasileiro nos últimos 5 anos foram destinadas à pecuária ou à agricultura. Nesse sentido, fica evidenciado que a expansão do agronegócio ocasiona prejuízos e efeitos negativos  à  saúde do ser humano, dos animais e ao meio ambiente. Dessa forma, por mais que os lucros financeiros sejam vultuosos, os danos decorrentes dessa expansão apresentam-se mais significativos.       Portanto, cabe ao Ministério da Agricultura, atuar junto aos profissionais responsáveis pelas terras dos grandes latifundiários e junto às associações de pequenos produtores, afim de desenvolver práticas de produção conciliadas à agricultura sustentável, pois, nesse tipo de atividade é possível reduzir os danos ambientais e de saúde pública, além de conseguir a produção de alimento em quantidade satisfatória. Só assim, não haverá falta de abastecimento de alimentos e o ambiente será preservado por varias gerações.