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Enviada em: 26/08/2018

Os avanços tecnológicos facilitaram a vida na sociedade tanto no meio urbano quanto no rural, o que possibilitou o intenso crescimento da população. Nesse contexto, é evidente que a economia brasileira está pautada, principalmente, no agronegócio, sendo ele o responsável por elevar o PIB do país e, por consequência, intensificar a degradação da natureza. Isso ocorre não só por uma demanda de mercado exigente, mas também devido ao uso descontrolado de produtos químicos nas plantações e animais. De acordo com a teoria malthusiana, há um descompasso entre o crescimento populacional e a capacidade de produção da terra, na qual a densidade da população cresce de forma acelerada e a produção de alimentos na forma aritmética. De fato, com a demanda de produtos cada vez maior, os produtores buscam uma forma de aumentar sua produção, muita das vezes, com a expansão de terras e o intenso uso de maquinas nas atividades agropecuárias. À vista disso, o agronegócio está cada vez mais especializado, separando a agricultura da pecuária, o que faz com que seja necessário maiores terras para realizar as atividades. Seguindo esse parâmetro, os territórios protegidos por leis estão sendo ameaçados por essa expansão, na qual os proprietários de terras fazem pressão em cima do governo para a liberação da área desejada. Tudo isso acarreta o aumento das queimadas, intensificando os impactos ambientais e sociais no quadro de realidades brasileiras.  A modernidade líquida, segundo Bauman, é caracterizada pela insegurança e constante mudança no cenário social. De fato, a busca pela autocriação da identidade se transforma uma vez que suas fontes tradicionais, como laços familiares e status profissional, se afrouxaram na modernidade. Com efeito, a nova busca por identidade se dá agora através dos padrões de beleza imposto pela sociedade. No entanto, o consumo de produtos para emagrecer e atingir esse novo padrão aumentou drasticamente, fazendo com que fosse necessário uma produção em massa no ritmo acelerado e que levasse menos tempo para chegar ao mercado. Contudo, os produtores, visando atender às exigências de consumo moderno, passaram a utilizar produtos químicos, como fertilizantes e agrotóxicos, em suas fazendas. Como consequência, tem-se o aumento da eutrofização dos rios e lagos, reduzindo sua biodiversidade.  É perceptível a influência dos órgãos ambientais e da mídia na problemática citada. Sendo assim, é necessário que o IBAMA intensifique seu controle nas áreas florestais protegidas, por meio do mapeamento do território via satélite, com intuito de detectar o expansionismo do agronegócio e reduzir as queimadas que contribuem para o aquecimento global e as chuvas ácidas. Além disso, cabe ao Conar interferir nas mídias, através da exigência de programas educativos sobre o agronegócio sustentável, a fim de que ela se torne um mecanismo de informação garantidor da harmonia.