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Enviada em: 28/08/2018

Com o advento dos donatários em 1534, e consequentemente a criação das capitanias hereditárias pelo rei de Portugal como forma de administração colonial do Brasil, a posse das terras da colônia aglomeraram-se nas mãos de poucas pessoas. No Brasil hodierno, infelizmente, percebe-se que a concentração das terras nas mãos de grandes proprietários ainda é uma realidade. Essa verdade traz consigo impactos ambientais graves. Assim sendo, é preciso inibir essa chaga da sociedade brasileira.       A princípio, é possível destacar que o método de plantio no agronegócio se dá com o uso abusivo de fertilizantes. Tal método é extremamente prejudicial à vida dos seres vivos, pois o excesso de nutrientes presentes nos fertilizantes, por exemplo o nitrogênio, não é absorvido pelas plantas, acumulando-se à terra. Em períodos de chuva, esses nutrientes são levados, em um processo chamado erosão, aos rios, lagos e mares, ocasionando na super proliferação das algas, em um outro processo chamado eutrofização, vedando assim a passagem da luz solar às espécies aquáticas, incluindo os fitoplânctons, que são os responsáveis por aproximadamente 95% do oxigênio atmosférico.     Outrossim, destaca-se também a pecuária extensiva como impulsionadora do hiato. Aproximadamente 215,2 milhões de bovinos são criados no Brasil, isso se dados analisados forem do  IBGE de 2015, portanto, é possível concluir que a população de bois do país está quase que uma proporção 1 pra 1 de seres humanos. Com a crise da encefalopatia esporgiforme bovina, mais conhecida como doença da vaca louca, ocorrida na década de 1980 na Europa, a solução encontrada pelos países do velho continente foi importar carnes oriundas do Brasil. Por consequência à exorbitante demanda de carne no mercado externo, o Brasil começou uma superprodução de gados, em especial o bovino, acarretando assim na necessidade de mais terras para a criação, logo, aumentando o desmatamento em especial no Centro-Oeste e no arco da Amazônia.        Dessarte, portanto, são imprescindíveis medidas para erradicar o entrave, tendo em vista tamanhos impactos à sociedade. Para isso, o Governo Federal, juntamente com o MAPA, precisa pôr como pauta substancial a questão da sustentabilidade no país, promovendo debates acentuados entre os grandes proprietários de terras e ambientalistas, sendo imparcial e visando o bem comum, isso é os agricultores obtendo lucro e preservando à terra. Ademais, é necessário que haja uma reformulação nas leis de proteção às APPs, aumentando a pena a fim de que infratores evitem a expansão ilegal do agronegócio; cabe aos ambientalistas cobrarem tal reformulação do Governo Federal, e à população brasileira apoiar intensivamente tais medidas, diminuindo assim os impactos do agronegócio no Brasil.