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Enviada em: 14/10/2018

O desafio de articular estratégias capitalistas de mercado com sustentabilidade, bem como promover uma educação ambiental são deveres e responsabilidades de decisores públicos e sociedade civil, no sentido de lutar por um ambiente ecologicamente equilibrado. Face a esse enfrentamento, faz-se oportuno pontuar duas justificativas basilares para os primordiais problemas relativos a expansão do agronegócio no país: o capitalismo voraz do mundo globalizado aliado a desmedida destruição das florestas naturais, colaboram para o lamentável aumento da poluição e a expulsão dos povo nativos.       É coerente avaliar as primordiais justificações que sustentam a cultura do  "agro é pop" no país. Destaque-se, o motivador econômico pois só em 2017 o Brasil obteve um crescimento de 11% nas exportações de "commodities"  como bem elencou, a FGV, e ainda apresentou um intenso crescimento da fronteira agrícola em direção a floresta amazônica conforme destacou o site, G1, favorecendo a destruição e invasão das tribos indígenas, fauna e flora do país verde e amarelo. Diante dessa nociva realidade, esse descalabro ambiental contribui para o declínio do cenário humanístico, cultural e dos patrimônios históricos imateriais relativos aos povos da floresta, além de desestabilizar equilíbrio dos já impactados ecossistemas nacionais.       Ademais, é de elementar importância destacar a agricultura familiar como um fator que promove equidade e qualidade as relações comerciais no âmbito do agronegócio. Entretanto, desde a revolução verde os processos de mecanização do campo se entrelaçam aos anseios capitalistas para a promoção do lucro em detrimento das alternativas sustentáveis, logo, posseiros e grileiros utilizam a violência  simbólica elencada pelo, ilustre Focault, para intimidar e ameaçar os possíveis concorrentes ao "agro é pop" empresarial. Dessa forma, tal calamidade desrespeita o princípio da sustentabilidade socioambiental, segundo o qual a educação em direitos humanos deve incentivar o desenvolvimento e a igualdade dos cidadãos em produzir visando o respeito ao meio ambiente.       Face à conjunção desses problemas, é inadiável a elaboração de um programa nacional do desenvolvimento sustentável, impulsionado pelo Ministério do Meio Ambiente com cooperação intersectorial. Esse programa deve viabilizar acordos e negociações com empresas fabricantes de produtos naturais, agricultura familiar e multinacionais de orgânicos, com fins de priorizar o combate ao crescimento da agricultura extensiva na nação. São essenciais a fiscalização e as advertências das autoridades aos perigos advindos do crescimento desmedido da fronteira agrícola. Ainda deve ser prioridade das faculdades federais realizar projetos de extensão para compreender e pesquisar a problemática que se perdura desde o período colonial.