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Enviada em: 16/05/2019

É fato que a Revolução Verde, ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, possibilitou o desenvolvimento de novas técnicas voltadas para a produção de alimentos em grande escala. Nesse contexto, encontram-se em voga relações comercias e industriais envolvendo a cadeia produtiva agrícola ou pecuária. Entretanto, a expansão desenfreada do agronegócio coloca em evidência seu caráter problemático ao meio ambiente e à questão social da terra.        Em primeiro plano, é indubitável que a teoria marxista é aplicável à engrenagem brasileira. Desse modo, a busca desmedida pelo lucro rege os modos de produção e as relações homem-natureza. À visto disso, o agronegócio não se preocupa com os impactos que suas ações podem provocar no ecossistema. Logo, essa realidade fica evidente a partir dos relatórios produzidos pelo IBGE que indicam que o Cerrado brasileiro já teve mais de 50% de sua área desmatada pelo avanço da agricultura e pecuária na região. Todavia, enquanto esse modelo econômico tradicional persistir, o país perderá definitivamente o legado de gigante pela própria natureza.        De outro plano, o agronegócio corrobora para a extrema desigualdade na distribuição agrária. A esse respeito, o período da República Oligárquica foi marcado pela concentração do poder na figura dos grandes proprietários de terra. Inclusive, embora date de séculos anteriores, esse período da história provoca reflexos negativos na contemporaneidade, visto que as relações sociais no campo ainda permanecem sob controle do "coronéis do agronegócio". Como prova disso, é a significativa parcela do Poder Legislativo composta por agroempresários, o que impossibilita a eficácia na distribuição igualitária de terras. Contudo, não é razoável que o Estado seja incapaz de mitigar essa desigualdade histórica que afeta toda população.         Mediante aos fatos expostos, como um organismo que depende do sistema imunológico, a terra brasileira necessita de mecanismos defensórios. Sendo assim, instituições exploradoras de recursos naturais, sobretudo empresários agrícolas e pecuaristas, devem, mediante de parcerias com universidades, investir em pesquisas voltadas para o econegócio, com vistas a incrementar uma cultura baseada no desenvolvimento sustentável. Ademais, influentes digitais e ONG's, por meio de seus discursos e visibilidade nas mídias, deve listar os nomes dos parlamentares cuja postura seja contrário - ou omissa - à redistribuição igualitária da terras, visando expor a conduta dos deputados e senadores que vão de encontro aos interesses coletivos.