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Enviada em: 04/05/2019

Com a Revolução Verde, século XX, surgiu o agronegócio, marcado pela interação capitalista entre cidade, campo e indústria para ampliar a produtividade agrícola e pecuária. A inovação acarretou sérias polêmicas no Brasil devido à maneira com a qual foi administrada. Uma delas são os impactos ambientais decorrentes da negligência de muitos empresários; outras são sociais, já que a sociedade é afetada, na contramão, pelos prejuízos causados à natureza.     Em primeiro lugar, é preciso discutir os prejuízos ambientais ocasionados pelo agronegócio. Certamente, ele não segue  adequadamente os parâmetros de sustentabilidade expostos por Veiga, de acordo com os quais se deve garantir a manutenção e preservação dos recursos da natureza para uma produtividade eficiente ocorrer. Na realidade, a maior parte dos empresários desse meio está interessada apenas no lucro, de modo que as condições do meio ambiente são negligenciadas. Um exemplo que comprova essa ideia é o desmatamento da Mata Atlântica, destruída em quase sua totalidade para garantir a perpetuação do agronegócio nos últimos anos. Ou então o uso de agrotóxicos no Brasil, um dos maiores usuários do produto no mundo.     Essas questões, inegavelmente, acabam gerando problemas sociais. Ora, os alimentos produzidos na agricultura, bem como o solo e a água, são usados pelas pessoas no seu dia a dia, e elas não percebem que isso é uma responsabilidade não só das empresas ou do governo, mas também da própria sociedade. Ou seja, os impactos socioambientais do agronegócio também são responsabilidades dos indivíduos que dele precisam. Caso contrário, continuarão se alimentando de legumes e frutas ricos em agroquímicos, bebendo água contaminada e, por conseguinte, correndo risco de vida. Ou como George Orwel afirma em seu livro A revolução dos bichos, continuarão se prejudicando diante do poder capitalista dos donos dos meios de produção agropecuária.     Portanto, as polêmicas acerca do tema discutido são socioambientais. Logo, cabe ao Ministério da Agricultura, juntamente ao Poder Legislativo, criar leis mais rigorosas com multas caras e detenções inafiançáveis àqueles que não seguirem os parâmetros básicos de sustentabilidade no agronegócio, o que pode ser efetivado através da fiscalização nas empresas do ramo. Acrescentam-se à proposta ações de políticas públicas para incentivar os brasileiros a também preservarem o meio ambiente, através de cartazes e vídeos em redes sociais, abordando as consequências da negligência ambiental.Assim, a responsabilidade socioambiental estará distribuída satisfatoriamente entre empresa, Estado e população.