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Enviada em: 09/05/2019

Situado como um dos países que mais mata por questões de envolvimento ecológico, o Brasil se caracteriza como um país exportador de matérias primas e, principalmente, alimentos, pautando sua economia nas atividades do agronegócio. Assim, vivendo em um país capitalista, os dados econômicos e o retorno financeiro são mais respeitados e priorizados que as questões socioambientais, gerando por consequência um avanço desacerbado que eleva a deterioração da natureza nativa e da vida daqueles que ali habitam.       É de conhecimento geral de que o agronegócio gera dinheiro, empregos, entre outras questões importantes para um país, mas os impactos ambientais gerados pela ganância dos detentores de terras de produção são em grandes escalas, prejudicando desde o solo em si, até o ciclo das chuvas, a vida dos animais e todo um ecossistema. Tudo isso gera ou agrava secas, enchentes, deslizamentos e diversos outros impactos ambientais que resultam na morte de moradores e grandes perdas materiais.       Notório é também que os índios são especialmente afetados nessas ocasiões. Sofrendo desde a chegada dos portugueses, os índios tem seus direitos a terra negligenciados e sua segurança fragilizada ha anos. A tribo kaiowa -que está sempre na frente nas lutas pelas terras e contra o avanço acelerado e desrespeitoso do agronegócio- relata inúmeras agressões sofridas, desde físicas às sexuais. Com o poderio do coronelismo ainda presente em dias atuais, as antigas famílias que administravam um poder nas cidades, ainda o detém, influenciando, até mesmo com os métodos antigos, o povo e impondo suas vontades.       Com leis fragilizadas na pratica e governos consecutivos que não demonstram interesse em garantir uma segurança àqueles envolvidos nas lutas por terras ou preocupação em preservar nossas naturezas, um avanço legalizado do agronegócio é a permissão generalizada de crimes ambientais e humanitários.       Assim, para tentar frear tais ações prejudiciais, é preciso primeiro uma conscientização das demais populações acerca das consequências geradas. Ademais, criar uma lei que permite que apenas biólogos ou outros profissionais das áreas ambientais administrem o Ministério do Meio Ambiente e que nunca haja a junção desta com a bancada ruralista. Por fim, não flexibilizar a posse de arma de donos de terras produtoras e fortalecer a FUNAI e a polícia do meio ambiente juntamente com uma fiscalização que gere punições mais severas são essenciais para garantir a vida de pessoas e de todo um ecossistema.