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Enviada em: 13/05/2019

É inegável a importância do agronegócio para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No entanto, mesmo contribuindo para com a economia do país, tal atividade acarreta impactos sociais e ambientais como, por exemplo, a diminuição da prática da agricultura familiar e o desmatamento. Logo, são imprescindíveis mais ações governamentais, tendo em vista uma prática agrícola mais justa e sustentável.   Segundo o Ministério da Agricultura, cerca de 7-% dos alimentos consumidos à mesa pelos brasileiros são advindos da agricultura familiar. Todavia, com os avanços tecnológicos – no que concerne maquinário e fertilizantes – a expansão das fronteiras agrícolas almejando uma maior produção acaba tornando inviável para os pequenos produtores a manutenção da prática familiar no campo.   Concomitante a isso, para continuar expandindo suas demarcações territoriais, o agronegócio põe abaixo milhares de hectares de biomas como cerrado e floresta tropical. De acordo com o jornal O Globo, o Brasil lidera o ranking mundial de desmatamento florestal, beneficiando em primazia o agronegócio e sua expansão. Além disso, com a introdução de máquinas de grande porte no campo, a compactação do solo se torna outro problema em potencial assim como a emissão de gás estufa pela enorme população bovina do país.    Logo, fica claro portanto, a necessidade de reformas no que tange o agronegócio. Diante disso, cabe ao Estado considerar a aplicação de uma reforma agrária. Para isso, a criação e aprovação de leis pelo Legislativo que equiparem as oportunidades de cultivo à terra, bem como disponibilize incentivos financeiros aos pequenos produtores, é essencial. Ademais, a aplicação de multas aos grandes latifundiários que lesam em demasia o meio ambiente é fundamental. Feito isso, a agricultura familiar coexistiria com o agronegócio e a natureza nacional seria preservada, dando assim um grande passo rumo à realidade de um desenvolvimento sustentável no país.