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Enviada em: 05/06/2019

"A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância". A frase do líder religioso indiano, Mahatma Gandhi representa bem a situação do agronegócio no Brasil. Na esfera da economia, é a atividade mais rentável do país, sendo responsável por boa parte do PIB brasileiro e vem crescendo mais. No entanto, na esfera ambiental, ele é bastante problemático, trazendo implicações sérias a fauna e flora brasileira.   A expansão do agronegócio é um dos grandes responsáveis pelo desmatamento intenso. O cerrado, a savana brasileira, é o que mais sofre com a ampliação dessa atividade. De acordo com a ONG Fundo Mundial para a Natureza, desde 1970 até hoje, o cerrado perdeu 50% de sua área, e a Floresta Amazônica perdeu 20%, biomas conhecidos pela sua biodiversidade. Com esse desmatamento, muitas espécies da fauna e flora entram pra lista de extinção, pois o que sobra do seu ecossistema não é o suficiente para sobreviver.    Além disso, existe a questão dos agrotóxicos e fertilizantes usados em excesso. Para cumprir a demanda do mercado, a agricultura se utiliza de produtos químicos para aumentar a produtividade. São aplicados diretamente no solo ou sobre as plantas, através da água da chuva é arrastado para rios ou absorvido pela terra, contaminando os lençóis freáticos, assim, diminuindo a diversidade marinha e causando danos a saúde humana.    Com tudo isso, é necessário que se pratique o "agronegócio sustentável", com práticas conscientes e planejadas. É preciso que o Legislativo crie leis mais restritivas quanto ao uso dos agrotóxicos e fertilizantes, e o desmatamento. O Executivo as coloque em prática, com uma fiscalização mais reforçada e a garantia de que os infratores cumpram com as devidas punições.