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Enviada em: 18/06/2019

Até a chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil, os índios que habitavam o país plantavam e colhiam para sobreviver. Nesse sentido, viam a terra como um bem precioso e acabavam por tratá-la de forma digna e sustentável. Contudo, após a chegada dos "homens brancos", as terras brasileiras passaram a ser tratadas como fonte de lucros, por meio da exploração do pau brasil, visto como meio de negócios. Assim, essa forma de exploração perdura até hoje, pois o agronegócio é uma das principais fontes de lucro para o Brasil. Portanto, esse tipo de negócio acaba por gerar não só uma intensa degradação ambiental, mas também desigualdades sociais.        Nesse sentido, de acordo com Virgínia Woolf, escritora britânica, "não existe nada tão estranho quanto as relações humanas, na sua extrema irracionalidade". Nesse contexto, a agroindústria acabou por se tornar um agente irracional à medida que avançou de modo a provocar o desmatamento de grandes biomas. Exemplo disso é o cerrado, bioma considerado um hotspot, ou seja, uma área com sua biodiversidade ameaçada. Ademais, de acordo com a Organização Conservação Internacional, as reservas do bioma acabarão em 2030 se a devastação continuar. Logo, a exploração do meio pelo agronegócio acaba por gerar perda da biodiversidade, intensificação do efeito estufa e assoreamento de rios - acúmulo de sedimentos em seu leito devido ao desmatamento da mata ciliar.        Além disso, a expansão do agronegócio acaba por contribuir para o quadro de desigualdade social no Brasil. Nessa conjuntura, a concentração fundiária que existe hoje foi herdada do sistema de plantation do período colonial. Nesse modo de produção, eram utilizados grandes latifúndios para a prática da monocultura, o que gerava como resultado a concentração de terras nas mãos de poucos. Assim, a atividade agroindustrial produz riquezas para uma minoria, ao mesmo tempo em que grande parcela da população vive na linha de pobreza (50 milhões de brasileiros, segundo o IBGE).       Portanto, diante dos fortes prejuízos ambientais e sociais gerados pelo agronegócio, é preciso amenizar esses impactos. Para isso, é necessário que o Ministério do Meio Ambiente e o poder legislativo criem unidades de conservação ambiental. Nesse sentido, seria feito o mapeamento das áreas mais devastadas, por meio de imagens de satélite e, a partir disso, o reflorestamento e a aplicação de multas previstas em lei para indústrias que explorassem tal área. Por fim, é importante que ONGs desenvolvam projetos de auxílio à população em vulnerabilidade social. Dessa forma, seria feita uma pesquisa dos índices de desenvolvimento por região e, a partir disso, seria realizada a distribuição semanal de alimentos e auxílios mensais para moradia nas áreas mais carentes. Diante do exposto, será possível viver em um ambiente semelhante ao que os primeiros índios brasileiros habitavam.