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Enviada em: 14/07/2019

O Brasil colonial era visto como colônia de exploração, com a extração do pau - brasil, grandes lavoras monocultoras e preocupação mínima com o meio ambiente. No entanto, traços dessa condição ainda compõem a realidade brasileira,haja vista a eminente expansão do agronegócio e suas consequências danosas ambientais e sociais. Frente a esse cenário, são necessárias medidas que busquem um desenvolvimento sustentável, que propicie qualidade de vida a essa e as próximas gerações     Em primeira análise, vale destacar os impactos ambientais drásticos oriundos da expansão do agronegócio. Segundo o Artigo 225° da Carta Magna de 1988 todos tem direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, que propicie bem-estar a todos. Entretanto, na expansão agropecuária florestas são desmatadas, o solo é compactado, água é contaminada com insumos, e com isso ocorrem desequilíbrios ecológicos e prejuízo à saúde humana. Diante disso, torna - se evidente o descumprimento do dado artigo, tendo em vista a desconsideração dos agropecuaristas com os impactos ambientais advindos da expansão do seu negócio e sua influência no bem - estar humano.    Em segundo plano, é pertinente discutir os imbróglios sociais causados pelo avanço do setor agropecuário. Nesse sentido, é notório o caráter monocultor, com alto capital de investimento e maquinário pesado, como fonte de problemas sociais. Tal perfil contribui para a concentração fundiária e de renda, além de gerar desemprego pela substituição da mão-de-obra por máquinas, o que aumenta a desigualdade social no país. Para atestar isso, dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - revelam que entre 1996 e 2017 o Brasil perdeu mais de 1,5 milhões de empregos no campo. Logo, torna - se notável o papel prejudicial do agronegócio a economia local, como fator de desemprego e produção destinada majoritariamente à exportação, o que aponta a necessidade da implantação de leis e medidas que integrem a população e gerem lucros para a economia local.      Contudo, são perceptíveis as polêmicas ambientais e sociais que o Agronegócio suscita em sua expansão. Logo, a fim solucionar tais impasses é mister que os Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente, através da destinação de recursos, incentivem grupos de pesquisas científicas voltadas para o desenvolvimento de práticas agropecuárias sustentáveis, as quais sejam adotadas e obrigatórias por lei, a fim de manter um ambiente ecologicamente equilibrado como prescreve a Constituição.  Outrossim, é necessário que o Ministério da Agricultura, através da elaboração de uma lei, determine a obrigatoriedade dos agropecuaristas de contratarem um número determinado de trabalhadores locais nas atividades demandadas, para que assim se possa gerar renda para economia interna e atenuar as polêmicas locais do agronegócio.