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Enviada em: 16/07/2019

A segunda Revolução Industrial, iniciada no século XX, deu começo a uma era de inovações voltadas não somente para área urbana como também para a rural. Nesse prisma, o agronegócio sofreu uma forte expansão, em especial no Brasil, devido ao aprimoramento das técnicas agrícolas. Todavia, o uso indiscriminado de agrotóxicos e a devastação ambiental fizeram dessa atividade uma ameaça ao meio ambiente no país. Sob tal ótica, a deficiente fiscalização nas fazendas realizadas pelo Estado constitui o principal desafio que deve ser enfrentado pela nação brasileira para superar os prejuízos dessa prática econômica.     De fato, o uso de produtos químicos na agricultura tem se tornado um viés preocupante. Em defesa dessa assertiva, pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) realizaram pesquisas que demonstram os impactos desses insumos agrícolas. Dentre alguns deles, cerca de 20% do componentes desses líquidos permanecem no alimento até chegar a mesa dos consumidores, o que contribui com a ocorrência de problemas respiratórios e cardiovasculares. A vista disso, a negligência Estatal em não fiscalizar fazendas e órgãos agroexportadores contribui com a continuidade desta problemática, uma vez que essas companhias não prezam pela limitação de uso desses agroquímicos.     Além disso, o agronegócio é responsável por mais de 35% do desmatamento no Brasil, segundo pesquisa do Consenso. Nesse sentido, biólogos estudantes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) afirmaram, com base em estimativas, que se a devastação ambiental continuar no ritmo atual, em 2025 quase 70% da floresta amazônica estará perdida, o que significa, segundo os universitários, uma perda inevitável de uma parte da fauna e da flora mais rica do mundo. Esse cenário, evidencia a falta de uma gestão mais eficiente dos órgãos públicos na defesa do meio ambiente. Isso, porque segundo a universidade, quase nenhum supervisionamento é realizado aos grandes polos agricultores e, quando é feito, não é tão rígido, o que dá margem para recorrência desses crimes ambientais.     Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas no combate dos impactos negativos gerados pela agricultura no Brasil. Assim, o Estado, na figura do Poder Legislativo, precisa intensificar a fiscalização em fazendas que utilizam agroquímicos, por meio da elaboração de leis que limitem o uso desses artefatos, a fim de que sejam minorados os malefícios à saúde dos consumidores. Ademais, cabe ainda ao Estado, agora em parceria com a polícia florestal, efetuar uma vigilância mais rígida à companhias agropecuárias e agricultores em relação ao desmatamento, de modo a distribuir centros de policiamento que tornam a extração vegetal das matas legítima e consciente, com fito de reduzir os impactos à fauna e à flora. De certo, assim, poder-se-á construir uma nação mais preservada.