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Enviada em: 23/03/2018

Nos anos iniciais da colonização brasileira, ocorrida em meados do século XVI, a primeira grande fonte de renda dos europeus no território brasileiro foi a exploração do pau-brasil. Nesse momento, teve-se a impressão de que essa madeira era inesgotável e com isso não seria necessário haver preocupação com reflorestamento. Entretanto, em menos de 30 anos, a quantidade de indivíduos dessa espécie vegetal diminuiu consideravelmente. Passados cerca de meio milênio, o Brasil é um país agrário e sabe-se que a expansão irresponsável da fronteira agrícola e do agronegócio causam graves problemas ambientais e sociais no país.   Dentre os principais problemas causados pelo agronegócio, destacam-se os prejuízos ambientais. Entende-se que, para realizar as plantações, vários hectares de florestas são desmatados no Brasil. Como consequências para o local da destruição, incluem-se a diminuição da biodiversidade, extinção de espécies endêmicas, aumento da temperatura média local, entre outros.   Além de causar desastres ambientais nas regiões que são realizados os cultivos, a expansão da fronteira agrícola pode interferir nos índices de pluviosidade e no clima de lugares distantes. Sabe´-se que a queda da taxa de evapotranspiração de uma região de natureza rica como a Amazônia diminui as chuvas convectivas e frontais destes e outros locais. Logo, os problemas ambientais não limitam-se a onde ocorrem, mas geram consequências nas escalas regional e global.   De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, toda terra sem função social deve ser destinada a reforma agrária, ou seja, qualquer território em que não haver habitantes, plantações, estradas, florestas ou outras funções devem ser compradas pelo governo e posteriormente passadas com baixos juros à população. O Brasil, também devido aos lucros excessivos dos grandes fazendeiros com a expansão do agronegócio, possui alta concentração fundiária e isso é um gravíssimo problema social do país.   Portanto, conclui-se que a expansão irresponsável do agronegócio é prejudicial ao desenvolvimento social e ambiental do Brasil. O governo brasileiro deve intensificar as fiscalizações em áreas de preservação ambiental, contratando novos fiscais para proteger estas regiões. Além disso, o Estado deve iniciar de maneira efetiva o processo de reforma agrária, comprando terras sem função social e repassando-as à população carente do país. Com isso, o agronegócio continuará sendo uma importante fonte econômica, a natureza será preservada e parte dos problemas sociais do Brasil serão resolvidos.