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Enviada em: 23/03/2018

Conforme Arne Naess, filósofo ambientalista, o pensamento pelo futuro deve ser leal à natureza. Entretanto, a conciliação entre economia e preservação da natureza são, no Brasil, conceitos que se excluem devido a uma herança histórica. Ademais, a expansão do agronegócios vem provocando efeitos irreversíveis sobre diversos biomas brasileiros, necessitando de uma intervenção para a conservação ambiental.   Em primeiro plano, as raízes históricas deste problema concentram-se no período regencial. Conforme houve a ascensão da oligarquia do café, a concentração fundiária também foi desencadeada. Por sua vez, o poder que a classe cafeicultora adquiriu no passado reflete na atualidade, tendo uma pequena parcela da população a deter uma vasta área de terra e assim permanecem no controle econômico do país, conseguindo prejudicar a fauna e flora de um local sem que haja uma penalização eficiente devido a grande influência politico-econômica desempenhada por este grupo.   Em segundo plano, opondo-se ao pensamento de Naess, encontra-se o desmatamento e o uso excessivo de agrotóxicos pelo agronegócio. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente o bioma do cerrado, sendo endêmico e considerado um "hot spot", pode desaparecer até 2030 devido ao avanço da agropecuária e do plantio de soja.   Logo, se torna necessário que haja uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente ao do Desenvolvimento Agrário (MDA) para que contenha-se o avanço destrutivo do agronegócio e prevaleça práticas sustentáveis. Tal ação deve consistir em fiscalizações e controle dos latifúndios, além de fortalecer as punições no âmbito jurídico para que haja a efetividade de tal controle. No mais, áreas de preservação devem ser estabelecidas pelo Estado Federal, proibindo e penalizando o desmatamento, e, por fim, deve-se destacar e privilegiar a biorremediação a lugar do uso de agrotóxicos.