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Enviada em: 24/03/2018

Na terra tupiniquim, a exploração degradadora de recursos naturais sempre foi tida como normal. Isso é lamentável, já que o país apresenta rica diversidade no âmbito da natureza. Essa postura inadequada acontece por causa de uma cultura que visa apenas lucratividade (ganância). Segundo o físico Tesla, não há desenvolvimento onde não existe preocupação com o meio em que se vive. Ou seja, acumular somente capital não é suficiente para o êxito de uma nação.                No Brasil Colônia, o primeiro produto agroexportador foi o açúcar. Esse sistema de monocultura desencadeou a formação de latifundiários. Iniciou-se, assim, a desigualdade na distribuição de terras.  Além disso, não existia preocupação com o preparo do solo. Tristemente, os senhores de engenho só pensavam em lucros. A escravidão era aceita, pois trazia imensa lucratividade aos portugueses. Antes disso, entre o período de 1500 a 1530, os lusitanos conseguiram degradar praticamente toda a Mata Atlântida - quase 90% . O pau-brasil foi utilizado para fins lucrativos e o meio ambiente foi completamente esquecido.  Na atual situação brasileira, isso não é diferente, já que o agronegócio é difundido de forma depredatória. O Cerrado é inundado por plantações de soja. Logo após, a Amazônia. Posteriormente, Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Intensifica-se o processo de latifúndios e disputas pelo poder. Ou seja, o "rico torna-se mais poderoso e o pobre converte-se em paupérrimo". Não bastasse isso, o ambiente é degradado.                        Consoante o sociólogo Betinho, "um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência, mas pela sua cultura". Nesse pensamento, são os valores e tradições que moldam e constroem uma nação. Desse modo, é necessário mudar essa concepção de que apenas o lucro é válido. É preciso construir uma sociedade que respeite o ambiente e a legislação. Lamentavelmente, as leis existem "apenas no papel", não sendo praticadas na terra tupinambá.                   Pais, portanto, devem ensinar seus filhos que a ganância não é algo positivo. Os progenitores precisam ser exemplos, mostrando que a natureza precisa ser respeitada assim como as leis. É possível adquirir renda sem abusar da natureza. Basta ser consciente. Na escola, é preciso que hajam palestras e oficinas que mostrem crianças assimilando a importância da natureza. A ética aristotélica afirma que ninguém nasce com valores formados, mas que essa formação se aprende pela repetição. Ou seja, quando alunos vêem exemplos positivos no colégio e na família, acabam absorvendo essas idéias e as repassam para outros indivíduos. O Estado necessita aumentar a fiscalização e punir infratores, fazendo a lei ser aplicada. Assim, teremos o que o físico Tesla pensava há 200 anos atrás: desenvolvimento sustentável.