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Enviada em: 29/03/2018

O agronegócio brasileiro remonta ao período colonial, datado do século XVI, quando as grandes monoculturas de cana-de-açúcar, promovidas pelos colonizadores portugueses, eram base para a movimentação econômica do país. Hodiernamente, no Brasil, o setor agropecuário ainda é primordial para a evolução monetária do país. Entretanto, percebe-se, principalmente nos campos ambientais e sociais, polêmicas acerca da expansão do setor de negócios agropecuários no país vigente.        Primeiramente, é indubitável que a questão ambiental e o descaso com o meio natural estão entre os fatores polêmicos da questão. De acordo com Han Jonas, filósofo alemão, a "ética da responsabilidade" é a busca da conservação dos recursos naturais, para garantir para as próximas gerações um mundo melhor, sem desigualdades na disposição de recursos básicos para a sobrevivência. No entanto, lamentavelmente, o setor agropecuário é, baseado em pesquisas da organização Forest Trends, a principal fonte de desmatamento da amazônia, maior floresta tropical do mundo. Assiste, assim, uma situação caótica para a perpetuação das riquezas necessárias para a sobrevivência humana, o que, à médio e longo prazo, poderá causar embates motivados pela obtenção bens que deveriam ser universais e de fácil acesso, como água e alimento.       Outro fator preponderante para a questão é o social, devido à grande concentração das áreas agricultáveis nas mão dos grandes latifundiários. Nesse fito, segundo a Oxfam Brasil, 45% das terras rurais brasílias estão nas mãos de 0,91% dos proprietários. Dessa forma, no solo nacional, há uma repartição injusta para a sociedade, na qual, lutas, como a dos "sem-terra",  são medidas olvidadas pela grande parte da população. Lê-se, pois, uma situação paradoxal, haja vista que, constitucionalmente, o direito à propriedade é para todos os cidadãos, porém, na prática, essa regra é inobservada pelo Governo Federal e muitas pessoas são privados dessa jurisprudência.       Posto isso, cabe ao Estado, figurado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), criar uma ação que objetiva punir, com prisões e fianças, quem abusar dos recursos naturais, nesse ato agirão juristas, delegados, policias federais, o IBAMA e engenheiros florestais, subsidiados por investimentos estatais, produzindo investigações rigorosas, a fim de encontrar esses delinquentes. Outrossim, compete à tripartição dos poderes do governo atuar, em observância à Constituição Federal, na criação de uma lei com propósito de criar um limite sob a quantidade de terra que um indivíduo pode ter, baseado em sua demanda de produção, além de limitar as áreas ambientais e impedir a devastação das regiões florestais. Apenas desse modo poder-se-ão os habitantes em solo brasílio conviver segundo os preceito do filósofo Hans Jonas, em um sociedade respeitosa com o meio natural.