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Enviada em: 02/04/2018

Latifúndio e impacto socioambiental    É notório que a expansão do agronegócio no Brasil determina constantes debates ao tecido societário, visto que, desde os primórdios da colonização, com o ciclo da cana de açúcar, o país se apresenta como uma grande potência da monocultura, processo intensificado com a Revolução Verde, século XX, que almejou o crescimento da produção agrícola. Destarte, torna-se evidente que problemas socioambientais precisam ser debatidos a fim de buscar propostas que amenizem o impacto causado pelo agronegócio.       Como forte produtor primário, favorecido pelo solo fértil e versátil, o Brasil destaca-se pela produção de grãos, fato este que incentiva cada vez mais a expansão das fronteiras da agricultura para o Centro-oeste e a Amazônia, por exemplo. Ainda que gere lucros altos para o Estado, esse ato põe em custo a sustentabilidade do país, haja vista a degradação da flora natural para o plantio, sendo esse quadro agravado pela monocultura, que não respeita o ciclo do solo de se recompor. Além de haver também, muitos grupos indígenas que são afetados pela economia latifundiária que, além de tomar suas terras, tornam-as estéreis para cultivo ao longo do tempo.     Concomitante, por ser um dos maiores exportadores de carne bovina, o Brasil necessita de alimentação a custo baixo para o gado, sendo esta advinda da produção de grãos. Com isso, tornou-se necessário o uso de fertilizantes em larga escala para aumentar a produção. Entretanto, ainda que permitidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a falta de fiscalização não garante a confiabilidade do uso correto dos fertilizantes pelos latinfundios, pondo em risco a saúde do povo brasileiro, além da contaminação do solo, dos rios e dos lençóis freáticos.      Em face da realidade analisada, é preciso que o Legislativo, juntamente com o Ministério da Agricultura, atue na criação de leis que priorizem o uso da rotação de culturas pelo latifúndio, técnica ultilizada com o objetivo de devolver ao solo os nutrientes perdidos no plantio de grãos. É necessário também que o Governo, junto à Anvisa, seja mais eficiente na fiscalização do uso de fertilizantes a fim de evitar maiores degradações da flora brasileira.