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Enviada em: 03/04/2018

O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira e detém aproximadamente 20% do produto interno bruto do país. No entanto, essa área, que é a mais importante para a economia desde a colônia, traz algumas polêmicas que devem ser analisadas e atenuadas.     Conforme afirma o indígena Juarez Rikbatská: a maneira que o agronegócio age é para destruir o meio ambiente, a fauna, as águas e o ser humano. Tendo isso em vista, é importante salientar que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Estes, por sua vez, são alvos de estudos recentes e as consequências desse uso exacerbado ainda não são calculáveis. Dessa maneira, é preciso buscar vias sustentáveis para a produção, que supram a necessidade sem comprometer o futuro.      Muito se fala da agricultura como vilã da fauna, entretanto, uma pesquisa da EMBRAPA mostra que ela pode beneficiar a fauna silvestre. Segundo o pesquisador Dr. José Roberto Miranda a lavoura serve, de certa forma, como corretor ecológico, e as pastagens como alimento para muitos herbívoros. Em contrapartida a agropecuária, segundo os dados apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente ilustram um ciclo já conhecido por ambientalistas, em que florestas são substituídas primeiro por pastos, para, depois, darem lugar a plantações de monocultivo em latifúndios com uso intensivo de agrotóxicos e alto impacto ambiental.     Depreende-se, portanto, que muitos são os desafios e impactos causados pelo agronegócio no Brasil. O governo deve, por meio do MMA em parceria com o Ministério da Educação, fomentar a pesquisa de soluções, por incentivo financeiro, que substituam os agrotóxicos e diminuam a expansão da fronteira agrícola, aliados às IES em uma parceria público-privada que vise tanto preservar a fauna quanto atenuar os impactos causados na saúde dos trabalhadores, além dos consumidores. Assim, talvez possamos ter, um futuro próximo, um agronegócio de fato sustentável.