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Enviada em: 03/04/2018

O Brasil é, desde sua colonização, um país com a economia predominantemente agrária. Devido a isso, o agronegócio está bastante presente na economia brasileira, sendo responsável, segundo o IBGE, por cerca de 24% do PIB brasileiro, e sua participação cresce a cada ano. Entretanto, esses números de crescimento do agronegócio são muito animadores em uma perspectiva meramente econômica, em uma perspectiva ambiental, esse avanço gera preocupação em virtude dos diversos impactos ambientais causados pela super exploração do meio ambiente.           Primeiramente, vale ressaltar que o desmatamento é um dos fatores mais prejudiciais causados pela atividade agropecuária do Brasil. Um exemplo disso é a pecuária extensiva, em que grandes faixas de florestas são derrubadas para dar lugar à criação de gados, causando uma grande desertificação no local, que, muitas vezes, são irreversíveis. E também, a monocultura é responsável por grande parte do desmatamento, de acordo com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, a soja ocupa ilegalmente cerca de 47,3 mil hectares de floresta desmatada da Amazônia.            Além disso, a agropecuária oferece grandes riscos aos recursos hídricos do país. Isso decorre do uso indiscriminado de agrotóxicos e fertilizantes nas plantações. O agrotóxico, ao ser lançado nas plantações, pode penetrar no solo, atingindo os lençóis freáticos, contaminando-os e os tornando inutilizáveis. Ademais, a utilização em demasia dos fertilizantes podem contaminar águas através do processo de lixiviação, prejudicando toda a vida existente nos rios e mares, além de tornar, também, a água inutilizável.       Devido a isso, torna-se evidente os malefícios do agronegócio e a necessidade de uma agropecuária sustentável. Para isso, esferas políticas devem elaborar leis mais rígidas a cerca do desmatamento intenso e ilegal que assola as matas brasileiras, aumentando, também, as fiscalizações nas florestas a fim de diminuir e evitar o desmatamento. Outrossim, o Ministério do Meio Ambiente, juntamente ao Ministério da Agricultura, deve banir a utilização demasiada de agrotóxicos e fertilizantes, podendo esses ser substituídos por biopesticidas, que não oferecem riscos para o meio ambiente e nem para as fontes de água. Com essas medidas, o agronegócio será responsável por trazer apenas benefícios.